Futebol

Vaias e alívio: torcida do CSA protesta mesmo após conquista da vaga na Copa do Brasil 2025

TNH1 | 12/04/24 - 08h00
Augusto Oliveira / CSA

Revolta, decepção, alívio. Esses foram alguns dos sentimentos que torcedores azulinos experimentaram na derrota por 2 a 1 diante do CSE, em pleno Rei Pelé. O resultado, no entanto, foi suficiente para o clube conseguir o objetivo: a terceira e última vaga de Alagoas na Copa do Brasil 2025.

O Tricolor veio a Maceió precisando vencer por, pelo menos, três gols para desbancar o CSA na seletiva, ou dois - para empatar o agregado e decidir nos pênaltis. Por isso, as primeiras iniciativas foram do time de Carlos Parreira. Logo aos 15 minutos, após Marlon se atrapalhar com a bola no campo defensivo, Ibson recebeu a bola redondinha, não desperdiçou e colocou o time na frente do placar. Perto do fim da primeira etapa, o CSA conseguiu o empate, mas que não demorou muito. 

Após o péssimo início do ano, com as eliminações precoces no Alagoano e na Copa do Nordeste, a paciência do torcedor do CSA chegou ao limite no momento em que o CSE voltou a ficar na frente do placar e buscou, até o último minuto, o gol que levaria a disputa aos pênaltis. 

A classificação veio no agregado, mas após o apito final, as vaias tomaram conta do Rei Pelé depois de mais uma derrota do Marujo dentro de casa e com uma atuação abaixo do esperado. Assista, abaixo, o momento, gravado durante a transmissão da partida do Pajuçara Futebol Clube, da Rádio Pajuçara FM.

Na saída de campo, o volante Juninho Valoura, que vem assumindo a responsabilidade, deu entrevista ao PFC, onde confessou os deslizes, mas ressaltou que o importante era conseguir a vaga na Copa do Brasil.

— A gente começou o jogo muito bem. Infelizmente, em um erro, a gente terminou tomando o gol. Nosso time sentiu. A gente reagiu, terminou empatando,mas depois, num deslize, acabamos tomando o segundo gol, que tornou o jogo perigoso. Mas acho que o mais importante era conquistar essa vaga para o CSA voltar a disputar uma competição nacional da grandeza que é a Copa do Brasil hoje, do poder financeiro que ela tem. Agora é descansar. Tem jogadores novos chegando, é receber bem esses companheiros para agregar o máximo. A gente vai ter uma missão difícil, mas a gente acredita, todo mundo viu que o nosso time teve uma evolução, nosso grupo está dando uma resposta. (Juninho Valoura)

Vaga na Copa do Brasil - A derrota por um gol de diferença não foi suficiente para tirar do CSA a vaga final na Copa do Brasil 2025. Com o agregado de 3 a 2, o Azulão garantiu mais uma competição no calendário do ano que vem e a oportunidade de colocar mais em dinheiro em caixa - as cotas de 2024, por exemplo, garantiram aos clubes que não disputam a Série A e B um valor de R$ 787,5 mil somente por participar da 1° fase.

O jogo 

(Crédito: Augusto Oliveira/CSA)

Precisando buscar a vitória a todo custo, o CSE foi ao ataque desde o início. Apesar disso, foi do CSA a primeira grande chance da partida. Aos 9, a bola encontrou Xuxa, que tentou girar e bater, mas esbarrou na defesa do Tricolor.

O primeiro gol saiu pouco tempo depois. No minuto 14, o meia Marlon se complicou sozinho e perdeu a bola para Índio, que encontrou Ibson livre de marcação. Ele chutou rasteiro e abriu o placar para o CSE.

Entre o ensaio de uma reação azulina e muitas faltas, o CSA só conseguiu empatar perto do fim da primeira etapa. Marquinhos aproveitou a falha da defesa e chutou, obrigando Pedro a dar um rebote e, na raça, de carrinho, conseguiu empurrar a redonda para o gol: 1 a 1.

O segundo tempo foi do tudo ou nada para o CSE. Foi do zagueiro Recife a bola que colocou o time de volta no jogo. Após o cruzamento de Luis Fernando, o xerife conseguiu cabecear no canto e fez: CSA 1 X 2 CSE.

Correndo contra o tempo para buscar o gol que levaria a disputa para os pênaltis, o Tricolor ainda ensaiou uma pressão, mas sem resultado. A vitória por um gol não foi suficiente para dar ao CSE a terceira e última vaga do estado na Copa do Brasil 2025.

FICHA TÉCNICA

  • CSA: Yuri Sena; Lucas Marques; Almir Luan; Eduardo Biazus; Marlon; Erik; Wellington Carvalho; Pedro Favela; Tiago Marques; Gustavo Xuxa; Marquinhos.
  • CSE: Pedro Campanelli; Talles; Diego Silva; Murillo; Recife; Jefferson; Claudevan; Trindade; Índio; Luiz Fernando; Ibson Mello.
  • Gols: Ibson Mello (CSE) e Recife (CSE); e Marquinhos (CSA)
  • Arbitragem: José Ricardo Laranjeira (CBF); Brígida Cirilo Ferreira e Wellington Thiago de Almeida (assistentes - CBF); e João Pedro da Silva Braga (4º árbitro - FAF).