A cidade de São Paulo recebeu nesta quinta-feira (5) os primeiros venezuelanos transferidos de campos de refugiados de Boa Vista (RR). A Missão Paz, ONG católica na Liberdade (centro) que cuida de imigrantes e refugiados, acolheu 36 pessoas de oito famílias. Entre os refugiados estão duas crianças, uma de três meses e outra de duas semanas, nascidas no campo de refugiados. window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256620-1'); window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256607-13');O ônibus do Exército trazendo os venezuelanos chegou à tarde, vindo do aeroporto de Guarulhos (Grande SP). Os refugiados aparentavam cansaço e foram direto ao acolhimento, sem dar entrevistas à imprensa. "Eles estão exaustos pelo voo de Roraima e também estão ansiosos pela mudança da situação. Eles estavam em condições precárias nos campos de refugiados", disse Paolo Parise, padre que comanda a Paróquia Nossa Senhora da Paz, sede da ONG. window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256620-2'); window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256607-4'); Segundo Filipe Sabará, secretário municipal de Assistência Social, a prefeitura receberá um total de 300 refugiados venezuelanos, em razão de acordo com a Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados). O número previsto para esta quinta era de 160. Desses, 132 homens seriam encaminhados ao CTA (Centro Temporário de Acolhimento) São Mateus, na zona leste, e outros 28 (8 homens e 20 mulheres) seriam levados ao CTA Santo Amaro, na zona sul. window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256620-3'); window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256607-6'); Alguns moradores de rua que pernoitavam no CTA de São Mateus se disseram surpreendidos pela decisão de reservar esse espaço aos refugiados. "A gente veio aqui e não conseguiu mais entrar", disse Jeferson Gomes da Silva, 22. Segundo a prefeitura, eles foram avisados na segunda (2) sobre a mudança e seriam encaminhados a outros CTAs, em Guaianases (a 15 km) e na Liberdade (a 20 km). "É uma questão humanitária, um pedido da ONU", disse Sabará. window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256620-4'); window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256607-8'); Todos os refugiados venezuelanos terão acesso a dormitório, refeitório, internet, aulas de português e assistência médica e psicológica. A Força Tarefa Humanitária calcula que 52 mil venezuelanos entraram no Brasil até o início de março devido à crise humanitária na Venezuela. O governo brasileiro planeja transferir até 18 mil refugiados venezuelanos de Roraima para outros estados ainda este ano, no processo chamado de interiorização. Há um ano e oito meses no Brasil, o jornalista Carlos Daniel Escalona, 34, e a mulher, a professora de história Marifer Vargas, 36, foram chamados pelo padre Paolo Parise para receber os primeiros venezuelanos transferidos. "A situação econômica e política na Venezuela está caótica. É uma grande emoção receber meus compatriotas", disse Escalona, hoje cozinheiro em um hotel no centro.