Inveja de um colega de trabalho que ganhava um pouco a mais foi a motivação de um crime que chocou Alagoas. Abinael Ramos Saldanha, 25 anos, evangélico e um analista de sistemas bem sucedido, foi morto com um tiro na cabeça por ordem de um colega de trabalho, Ericksen Dowell, 30 anos.
Corpo de Abinael foi encontrado em estado de decomposição em canavial
De acordo com o delegado que investigou o crime, Ronilson Medeiros, o inquérito ainda está em andamento, mas Ericksen Dowell confessou ser o autor intelectual e ter contratado Jalves Ferreira para matar Abinael.
A motivação do homicídio, segundo Ronilson, foi mesmo a intenção de Ericksen de tomar o lugar de Abinael na empresa onde os dois trabalhavam, em Maceió. O autor intelectual estava sendo treinado pela própria vítima para assumir a função de supervisor. Ericksen tinha um salário de R$ 1.400, enquanto Abinael, que era gerente, recebia R$ 2.700.
"Um erro da empresa onde eles trabalhavam fez com que Ericksen recebesse um e-mail com todos os valores de salários da empresa. Foi quando ele ficou sabendo que Abinael recebia quase que o dobro, o que teria resultado no plano", concluiu.
Jalves Ferreira cobrou R$ 6 mil para matar Abinael
Por conta da ambição de ocupar o lugar da vítima, Ericksen teria contratado Jalves Ferreira por R$ 6 mil, tendo pago duas parcelas que somavam R$ 4.400, restando ainda saldo devedor.
Segundo contou o delegado, os dois atraíram Abinael informando que o pneu do carro de Ericksen havia furado. A vítima ajudou a trocar o pneu e, logo depois, foi colocada dentro do carro por Jalves e levado até o local onde foi achado morto, em Rio Largo, cidade da região metropolitana de Maceió.
O diretor do Instituto Médico Legal (IML) de Alagoas, o médico Fernando Marcelo, informou que ele foi assassinado com apenas um tiro na nuca. O projétil teria transfixado o crânio de Abinael, saindo pela têmpora esquerda. Ericksen Dowell teria esperado a notícia da morte em um bar. Veja o vídeo onde o médico confirma que o corpo é o de Abinael Ramos:
O delegado que comandou a investigação, Ronilson Medeiros, informou que o aparelho celular de Abinael foi importante na elucidação do caso. "A tecnologia de proteção do telefone nos deu o paradeiro do aparelho até o momento em que ele foi desligado. Um tempo depois, o aparelho reapareceu em outro local, já com outro chip. Foi quando chegamos à pessoa que o havia comprado, dando início a elucidação do crime", esclareceu.
Veja o vídeo do delegado explicando a motivação do crime:
Veja vídeo da apresentação dos acusados: