Tecnologia

YouTube anuncia medidas para combater teorias da conspiração e "fake news"

10/07/18 - 18h51
Olhar Digital


O Google anunciou nesta semana uma série de medidas que serão tomadas para combater a propagação de notícias falsas ("fake news"), boatos, desinformação e teorias da conspiração na internet que têm ganhado fôlego nos últimos tempos graças ao YouTube.

São cinco ações detalhadas num post no blog oficial da empresa que têm como objetivo diminuir o impacto que conteúdo sensacionalista tende a ter com o público menos letrado, já que eliminar vídeos que não ferem os termos de uso está fora de cogitação.

Para começar, o YouTube vai oferecer mais contexto a pesquisas que envolvem acontecimentos recentes. A partir de agora, quando alguém pesquisar por uma notícia que esteja em alta, o YouTube vai mostrar no topo da página um link para uma reportagem em texto sobre o caso.







Outra iniciativa importante do YouTube reforça a preocupação com contexto. "Nós acreditamos que os usuários devem ser capazes de escolher e fazer seus próprios julgamentos sobre as informações que consomem junto com o contexto para informar seus julgamentos", disse a empresa.

Pensando nisso, pesquisas por assuntos não tão recentes e que frequentemente são alvo de desinformação vão dar resultados incluindo um link para fontes tradicionais. Por exemplo: ao pesquisar sobre "Terra plana" ou "homem na Lua", o usuário verá não só vídeos com estes temas, mas também um link para as páginas destes assuntos na Wikipédia.





Por fim, o YouTube anunciou que vai investir US$ 25 milhões em três áreas fundamentais do combate às fake news: expertise, trabalhando com organizações de mídia para desenvolver novos recursos, incluindo a brasileira Jovem Pan; inovação, investindo na produção de vídeo em veículos de 20 países; e suporte, criando equipes de atendimento a veículos de imprensa em todo o mundo.

Completando os investimentos, o YouTube disse que está trabalhando com organizações sem fins lucrativos e com youtubers populares como John Green, Ingrid Nilsen e Mark Watson para incentivar palestras e aulas sobre alfabetização digital, com o objetivo de formar uma audiência capaz de diferenciar sozinha uma informação falsa de uma legítima.