Redação
Os policiais militares Nayara Silva de Andrade, Victor Rafael Martins da Silva, Eudecir Gomes de Lima e Carlos Eduardo Ferreira dos Santos, acusados de torturar e matar o jovem Davi da Silva, em 2014, serão submetidos a júri popular no próximo dia 13, no Fórum Desembargador Jairo Maia Fernandes, no Barro Duro, depois de 11 anos do crime.
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Os quatro PMs vão sentar no banco dos réus seis anos após a Justiça definir que o processo seguiria para o Tribunal do Júri. Durante o período, houve tentativas da defesa dos militares em alterar a decisão, bem como a liberação das medidas cautelares com habeas corpus.
Em uma convocação pública, divulgada no início desta semana, o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Zumbi dos Palmares (CEDECA) pediu a participação da sociedade civil e de movimentos sociais durante o julgamento, que será aberto ao público.
Para o CEDECA, a ida da população para o julgamento é uma forma de reafirmar o compromisso coletivo com a verdade, a justiça e o direito à memória. “Este julgamento não representa apenas a busca por justiça para um jovem, mas também para todas as famílias que vivem a dor do desaparecimento e da negligência do Estado. A presença da sociedade é fundamental para garantir transparência e respeito aos direitos humanos”, destacou em nota.
O desaparecimento de Davi da Silva mobiliza familiares, entidades e órgãos públicos desde 2014, quando o adolescente foi visto pela última vez em Maceió.
O TNH1 não conseguiu contato com as defesas dos militares, mas deixa o espaço aberto para eventuais manifestações.
O caso
Davi da Silva sumiu após uma abordagem policial no bairro de Benedito Bentes, em agosto de 2014. Segundo testemunhas, ele estava com uma pequena quantidade de maconha e foi colocado dentro da viatura. Desde então, não houve mais informações sobre o paradeiro do jovem. Na ocasião, Davi estava acompanhado de Raniel Victor Oliveira da Silva, que foi encontrado morto meses após o sumiço do colega. Ele era a principal testemunha do caso.
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