O glitter e as tintas corporais são amplamente utilizados no Carnaval para complementar fantasias. No entanto, apesar de parecerem inofensivos, podem causar danos quando aplicados em certas áreas do corpo, especialmente na região íntima.
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O glitter, por exemplo, é composto por micropartículas plásticas e metálicas que não se dissolvem facilmente. Quando aplicado na região íntima, pode entrar em contato com a mucosa vaginal, provocando irritações, alergias e até microlesões.
“A mucosa vaginal é extremamente sensível. O glitter pode causar pequenos ferimentos e favorecer a entrada de bactérias e fungos, aumentando o risco de infecções como candidíase e vaginose bacteriana”, alerta a ginecologista e obstetra Dra. Renata Moedim.
As tintas corporais contêm substâncias químicas agressivas, corantes e conservantes que podem desencadear dermatites, coceira intensa e reações alérgicas. Além disso, nem sempre são dermatologicamente testadas.
“Algumas tintas possuem componentes como metais pesados e álcool, que podem ressecar e alterar o pH vaginal. Isso pode abrir caminho para infecções ginecológicas e até mesmo dificultar a lubrificação natural”, explica a médica.
Para evitar essas complicações e aproveitar a folia com segurança, a ginecologista destaca algumas recomendações. Confira!
Quem não abre mão do brilho, deve usar apenas em áreas como coxas e abdômen, mas sempre mantendo uma distância segura da vulva.
Brilhos soltos podem ser perigosos, enquanto produtos em gel podem ter menor risco de atrito.
Existem opções de glitter ecológico e tintas específicas para pele sensível.
O glitter e as tintas devem ser retirados com água e sabão neutro, evitando lenços umedecidos com álcool ou fragrâncias fortes.
Se houver coceira, ardência, corrimento anormal ou vermelhidão, é preciso buscar ajuda médica imediatamente.
Por Mayra Barreto Cinel
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