Os engasgos em crianças são bastante comuns e estão entre as principais causas de emergências pediátricas no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), mais da metade dos casos ocorre em menores de 4 anos, e cerca de 94% das aspirações acontecem antes dos 7 anos.
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De acordo com Maria da Glória Neiva, especialista responsável pela coordenação da pediatria do Hospital Vitória, da Rede Américas, alimentos pequenos, arredondados ou de formato cilíndrico, como uvas inteiras, sementes, castanhas e amendoins, são os que oferecem maior risco de engasgo.
“É importante ressaltar que o trato respiratório dos pequenos é mais estreito, o que dificulta a passagem de ar. Devemos lembrar também da ausência de molares em crianças de dois a três anos, que são capazes de morder com os incisivos, porém não têm a capacidade de triturar totalmente os alimentos. Também vale lembrar que, nessa idade, elas têm o hábito de levar objetos à boca como forma de explorar o mundo, portanto a supervisão é essencial”, explica.
Situações de engasgo exigem atenção imediata e preparo por parte dos cuidadores. Por isso, é importante saber identificar os sinais. “Embora a tosse possa ser um dos primeiros sinais de engasgo, há situações em que o bloqueio das vias aéreas é silencioso. Nesses casos, a criança não consegue emitir nenhum som, podendo apresentar sinais como falta de ar, dificuldade para respirar e lábios arroxeados. Diante desse quadro, é fundamental pedir ajuda. O cuidador treinado deve realizar a manobra de Heimlich e procurar o atendimento na emergência pediátrica”, orienta Maria da Glória Neiva.
Para a segurança dos pequenos e orientação dos pais e tutores, a especialista destaca os principais cuidados para prevenir os episódios de engasgos. Confira:
Por Monique Dutra
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