Contextualizando

Carta de aliado de Lula e seus reflexos em Alagoas

Em 18 de Fevereiro de 2025 às 08:00

A Carta Aberta divulgada pelo advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, do grupo Pró-PT e de livre trânsito no Supremo Tribunal Federal, criticando a terceira gestão do presidente Lula (PT), ganha importância por ser ele uma pessoa extremamente vinculada ao petismo.

Ainda mais num momento em que o governo atravessa um momento difícil em termos de aprovação popular, problema acrescido de declarações inoportunas, e constantes, do atual inquilino do Palácio do Planalto.

Diz Kakay em seu texto-libelo:

“Lula do 3º mandato, por circunstâncias diversas, políticas e principalmente pessoais, é outro. Não faz política. Está isolado. Capturado. Não tem ao seu lado pessoas com capacidade de falar o que ele teria que ouvir. Não recebe mais os velhos amigos políticos e perdeu o que tinha de melhor: sua inigualável capacidade de seduzir, de ouvir, de olhar a cena política.”

“Ele hoje é um político preso à memória do seu passado. E isolado. Quero acreditar na capacidade de se reencontrar. Quem se refez depois de 580 dias preso injustamente, pode quase tudo”, diz ainda o advogado Kakay, acrescentando: “Sem termos o Lula que conhecíamos como Presidente e sem ele ter um grupo que ele tinha ao seu redor, corremos o risco do que parecia impossível: perdermos as eleições em 2026.”

Se um simpatizante histórico do PT afirma isso é por profundo conhecimento de causa, o que nos leva a imaginar como anda a situação em relação ao Congresso Nacional, onde o Presidente da República só tem conseguido alguma vitória com a tradicional e espúria “casadinha”: só aprova qualquer coisa quando liberar as famigeradas emendas parlamentares.

Nesse cenário desgastante, Lula prepara uma reforma ministerial que garanta para si, ou para quem ele indicar, vitória na eleição presidencial de 2026.

Esse clima negativo certamente influi para que políticos relutem em aceitar integrar o ministério de um governo muito mal avaliado, o que certamente é o caso dos nossos conterrâneos deputados federais Arthur Lira (PP) e Isnaldo Bulhões Júnior (MDB).

Ninguém com um mínimo de bom senso se propõe a embarcar em barca furada.

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