Futebol Nacional

A dois dias de estrear na Copa, seleção perde zagueira e vê Marta como dúvida

Folhapress | 07/06/19 - 20h52
Divulgação/CBF

A zagueira Érika, 31, foi cortada da seleção brasileira na noite desta sexta-feira (7), depois de realizar exames que mostraram uma lesão na perna esquerda.

Para o seu lugar, o técnico Vadão convocou Daiane, 21, que defende o Paris Saint-Germain (FRA). Ela se apresentará na tarde deste sábado (8) em Grenoble, onde o Brasil faz sua estreia na Copa no dia seguinte, contra a Jamaica.

Érika, que disputaria seu segundo Mundial, estava em tratamento havia 16 dias. Na quinta (6), havia retomado os treinos com bola e participara dos minutos finais do treino coletivo da seleção brasileira. Na sexta, pouco depois do começo das atividades, ela sentiu dores no tornozelo.

A lesão da zagueira é no músculo sóleo, na região da panturrilha. Trata-se da segunda baixa na seleção antes do começo da oitava campanha da equipe em Mundiais.

No último dia 3, quando o grupo ainda fazia sua aclimatação em Portugal, a lateral direita Fabiana sofreu uma lesão na coxa e foi cortada. Poliana, do São José, a substituiu.

Há dúvidas também no time quanto à recuperação da atacante Marta. Ela teve uma lesão na coxa esquerda e ainda não treinou com bola ao lado de suas colegas na França.

"Vamos fazer uma reunião do setor médico com o físico e o técnico hoje [sexta] à noite", afirmou na tarde de sexta o médico da seleção, Nemi Sabeh, dando a entender que a estrela da equipe talvez fosse poupada do primeiro jogo.

"O importante é decidir o futuro da competição, não só um jogo. Mas quem escala é o Vadão", disse Sabeh.

Nesta sexta, atacante Marta fez exercícios físicos na beira do campo, mas não participou do trabalho com bola.

Depois da atividade, Sabeh disse que ela se recupera bem da lesão no músculo bíceps femoral, da coxa esquerda, sofrida há 12 dias. Nem a atacante, nem Vadão falaram com a imprensa após o treino.

Na atividade, o time treinou pênaltis, cobrança de faltas, lançamentos e infiltração na grande área, entre outros fundamentos. A atividade foi a primeira da seleção aberta ao público na França, e muitas famílias com crianças (várias vestindo a camisa do time) vieram assistir.

A aposentada Françoise Berrier estava ali para tirar fotos para a nora, belo-horizontina que trabalha em Lyon e virá a Grenoble no fim de semana para verem juntas a estreia brasileira.

"Não sei muita coisa sobre o time, só que a Marta usa a camisa 10", disse, antes de migrar para o tema da hora no mundo do futebol. "Neymar já era."

A brasileira Regina Toledo, 39, radicada na região há 19 anos, trouxe as duas filhas, nascidas na França, mas paramentadas nesta tarde com a camisa canarinho.

"Elas pediram para vir, só falam nisso. Ontem [quinta], já conversamos com algumas jogadoras na chegada [ao campo de treinamento]. É a primeira vez que acompanho uma Copa feminina, não conheço bem a seleção. Mas o futebol das mulheres está crescendo. Agora é uma ocasião de saber mais sobre as atletas, de onde elas vêm."