Na reunião que realizaram sede da Igreja Batista do Pinheiro, um dos imóveis afetados pela exploração de sal-gema pela Braskem, as vítimas do desastre ambiental que afetou cinco bairros de Maceió contaram com a participação de Ricardo Merlo, representando a Defensoria Pública Geral do Estado.
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No evento, coordenado pelo economista Elias Fragoso, foi aprovada uma Carta Aberta direcionada aos CEOS dos bancos credores da mineradora, com um alerta sobre o tamanho real do passivo da empresa Alagoas, "muito superior ao que ela apregoa",
Segundo ele, "58% das vitimas da empresa sequer foram procuradas para negociar os seus prejuízos, até o momento. Ao contrário do que a Braskem alega."
O documento chama a atenção dos bancos credores para a necessidade da participação da representação das vítimas, maiores credores privados da mineradora, nas tratativas a respeito da eventual troca no comando acionário da empresa.
O documento deixa um alerta por parte dos afetados pela Braskem: "estão dispostos a ir a todas as instâncias da justiça, no país ou fora dele, para fazer valer os seus justos interesses".
E explica:
"Essa estratégia inaugura uma nova etapa no processo de discussão do passivo da Braskem em Alagoas ao buscar a negociação direta, sem a interferência do Governo de Alagoas e da Prefeitura de Maceió pelo histórico de anomias em relação à defesa dos interesses dos afetados ao longo dos últimos quase sete anos pós megadesastre".