Afinal, o advogado e influenciador João Neto foi ou não PM na Bahia? Veja o que disse a corporação

Publicado em 19/04/2025, às 15h14
Reprodução/Redes sociais
Reprodução/Redes sociais

Por TNH1

Conhecido pelos vídeos descontraídos nas redes, onde fala sobre advocacia criminal, o advogado e influencer João Neto foi preso nesta semana, suspeito de agredir a companheira, que relatou ter sido empurrada. Com a queda, ela caiu e bateu o queixo no chão provocando um corte profundo. A vítima saiu no corredor do prédio deixando um rastro de sangue e ele foi flagrado tentando limpar o rosto dela.

No entanto, com a repercussão do caso, uma questão sobre o passado do influenciador digital veio à tona: afinal, João Neto foi ou não policial militar na Bahia? Segundo o que a PM do estado informou à imprensa, não.

Ele foi expulso enquanto ainda estava fazendo o curso de formação de soldados, há cerca de 15 anos. Portanto, como não chegou a concluir a preparação, ele, segundo a PMBA, “em nenhum momento trabalhou na rua como policial militar formado”.

“Matei 28 na Bahia”

João Neto estampa na bio de seu perfil no Instagram, com mais de 2 milhões de seguidores, que seria ex-militar da PMBA, além de ter concedido entrevistas, nas quais contava sobre seus “feitos”, quando teria usado a farda da corporação.

Durante uma participação em um podcast, o advogado disse ter matado 28 pessoas quando supostamente teria sido policial na Bahia. "Matei 28 na Bahia e aqui (Alagoas) eu matei quatro". Segundo ele, todas as mortes foram em legítima defesa. “Não fui eu, foi a profissão”.

Profissão essa que, de acordo com a própria PMBA, ele nunca teria chegado a exercer.

A expulsão

A expulsão, citada tanto por ele quanto pela corporação, aconteceu antes da conclusão do curso preparatório. O motivo teria sido uma briga de trânsito com a mulher do coronel.

“Me meti em uma confusão de trânsito com uma mulher, discutimos, mandei ela passar por cima do carro. Depois ela chegou do lado, me chamou de preto, não sei qual é o nome. Eu respondi ‘sua gostosa’”, relembrou João Neto em entrevista à um podcast.

Após a discussão, Neto falou que foi seguido por ela e que a discussão continuou. Além disso, depois dele revelar que era policial militar, ela insistia para levá-lo preso. “Disseram que eu tinha botado arma na cara dela, inventando história. Abriram um PAD mais rápido do que ligeiro”.

O Processo Administrativo Disciplinar (PAD) é uma investigação que apura a conduta de militares que infringem a ordem jurídica. Após o caso, ele foi expulso da PM e passou a ser advogado.

Prisão preventiva

Após passar por audiência de custódia, na manhã da última terça-feira (15), o advogado teve a prisão preventiva decretada pelo crime de violência doméstica. O processo está em segredo de justiça, por isso não se tem mais detalhes.

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