Alagoas

Após 1º caso de monkeypox em AL, infectologista diz que não há confirmação que vírus circule no estado

Lelo Macena | 09/08/22 - 11h55

A médica infectologista Luciana Pacheco disse, na manhã desta terça-feira, 9, em entrevista ao TNH1, que, apesar de um turista de 22 anos, natural do Espírito Santo (ES), ter testado positivo para monkeypox, conhecida como varíola dos macacos não há a confirmação de que o vírus da doença já esteja circulando no estado de Alagoas.

“Essa pessoa adoeceu em Alagoas, foi tratada por nós, e voltou para seu estado. Mas chegou aqui já contaminada”, disse Luciana Pacheco. De acordo com ela, a Vigilância Sanitária fez o acompanhamento do caso e monitora as pessoas que tiveram contato com o jovem infectado.

Ainda segundo a doutora Luciana Pacheco, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) já discute um fluxo de atendimento aos pacientes que apresentem os sintomas da doença. “O Lacen já está se organizando para fazer o treinamento para fazer a coleta do material que é enviado para a Fiocruz. O objetivo é que cada município fique responsável pelos seus casos e que só sejam remanejados para o Hélvio Auto os casos mais graves, que precisem de internamento”, disse Luciana Pacheco, que atualmente presta apoio técnico à Superintendência de Vigilância à Saúde da Sesau.

A médica infectologista, doutora Luciana Pacheco

Sobre o uso de máscaras para prevenir o contágio da doença, a infectologista explicou que, no momento, a recomendação é para os profissionais de saúde e para os familiares que dividem o ambiente com pessoas infectadas e em isolamento.

Até agora, Alagoas já notificou 18 casos suspeitos de varíola dos macacos, sendo oito do sexo feminino e 10 do masculino. Quatros casos já foram descartados, após exames laboratoriais, sendo um de Messias, um de Maceió e dois de Rio Largo.

Os outros 14, sendo oito de Maceió, um de Rio Largo, um de Ouro Branco, três de Inhapi e um de Penedo, permanecem em investigação. Os  resultados dos exames de diagnóstico ainda não têm data para divulgação, uma vez que são processados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. 

Os pacientes classificados como casos suspeitos permanecem sob monitoramento das Vigilâncias Epidemiológicas dos municípios de origem. Conforme informações atualizadas, eles estão em isolamento domiciliar, sem evolução negativa do estado de saúde e, após cumprirem o período de isolamento preconizado, serão liberados.