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Atriz compartilha experiência com 'não-depilação' nas redes sociais e faz refletir

Vix | 08/01/19 - 10h38
Instagram

A atriz Bruna Linzmeyer é conhecida não apenas pela carreira artística, como também pelas decisões corajosas e libertadoras que toma em sua vida pessoal. Já há algum tempo ela declarou-se lésbica, assumiu o relacionamento com Priscila Visman, e abandonou a depilação.

Recentemente, ela decidiu explicar o motivo pelo qual parou de se depilar e seu relato serve de grande reflexão.

Relato de Bruna Liznmeyer sobre não depilar as axilas

Bruna publicou uma foto no Instagram mostrando os pelos em suas axilas e contou que, assim como muitas de nós, desde novinha, acreditou que o ideal era arrancá-los: "Sempre achei que aquilo era o certo e o belo a ser feito".

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comecei a fazer depilação com cera muito novinha. sempre doeu muito. mas sempre achei que aquilo era o certo e o belo a ser feito. nos últimos anos, entendendo a construção dessa visão me esforcei pra ver os pêlos de outros jeitos possíveis. comecei não julgando as mulheres que tinham pêlos, entendendo que cada uma faz o que tem vontade com seu próprio corpo. depois, aos poucos, comecei a achar libertadora essa vontade e atitude delas. e me perguntar o que eu realmente queria no meu corpo, nunca antes eu tinha me feito essa pergunta. por algumas vezes, respondi a mim mesma que preferia raspar. estava feliz com minha escolha. mas mais ainda, estava feliz em poder escolher raspar. porque, durante todos aqueles anos eu não escolhia, eu só raspava, achava que era obrigatório mulher arrancar os pêlos. comecei então a achar mais que libertador, a achar bonito, outras mulheres com pêlos. comecei a olhar para os homens e achar estranha essa diferença só por uma questão de serem homens x mulheres. e continuei me perguntando, feliz com meu poder de me perguntar: o que eu quero? o que eu gosto? um dia essa resposta foi diferente. fiquei com vontade de experimentar ter eles. ver eles em mim. tocar neles enquanto passo creme no corpo. não ter mais que lidar com aquela dor insuportável, nem com o preço da depilação, nem com o tempo gasto nisso, nem com aqueles chatíssimos pelos encravados. e de um jeito que eu não esperava comecei a achar muito bonito pêlos em mim também. aprendi que liberdade e amor é respeitar a escolha das outras pessoas, quando essas escolhas não violentam ninguém. e poder acessar meu coração e responder sem amarras: o que eu quero? o que eu gosto? de que jeito me sinto bem? ♡ #livresim

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Nos últimos anos, ela começou a se questionar sobre a construção dessa visão e se esforçar pra ver os pelos de outros jeitos possíveis. Por fim, decidiu ouvir a vontade de seu corpo.

"Achava que era obrigatório mulher arrancar os pelos. Comecei então a achar mais que libertador, a achar bonito, outras mulheres com pelos. Comecei a olhar para os homens e achar estranha essa diferença só por uma questão de serem homens x mulheres. E continuei me perguntando, feliz com meu poder de me perguntar: o que eu quero? o que eu gosto? um dia essa resposta foi diferente.

De acordo com Bruna, a decisão foi libertadora e ensinou algo muito importante à ela sobre seu próprio corpo.

Leia o relato completo de Bruna Linzmeyer:

Comecei a fazer depilação com cera muito novinha. sempre doeu muito. Mas sempre achei que aquilo era o certo e o belo a ser feito.

Nos últimos anos, entendendo a construção dessa visão me esforcei pra ver os pelos de outros jeitos possíveis. Comecei não julgando as mulheres que tinham pelos, entendendo que cada uma faz o que tem vontade com seu próprio corpo.

Depois, aos poucos, comecei a achar libertadora essa vontade e atitude delas. E me perguntar o que eu realmente queria no meu corpo, nunca antes eu tinha me feito essa pergunta.

Por algumas vezes, respondi a mim mesma que preferia raspar. Estava feliz com minha escolha. Mas mais ainda, estava feliz em poder escolher raspar. Porque, durante todos aqueles anos eu não escolhia, eu só raspava, achava que era obrigatório mulher arrancar os pelos.

Comecei então a achar mais que libertador, a achar bonito, outras mulheres com pelos. Comecei a olhar para os homens e achar estranha essa diferença só por uma questão de serem homens x mulheres. E continuei me perguntando, feliz com meu poder de me perguntar: o que eu quero? o que eu gosto? Um dia essa resposta foi diferente.

Fiquei com vontade de experimentar ter eles. Ver eles em mim. Tocar neles enquanto passo creme no corpo. Não ter mais que lidar com aquela dor insuportável, nem com o preço da depilação, nem com o tempo gasto nisso, nem com aqueles chatíssimos pelos encravados. E de um jeito que eu não esperava comecei a achar muito bonito pelos em mim também.

Aprendi que liberdade e amor é respeitar a escolha das outras pessoas, quando essas escolhas não violentam ninguém. E poder acessar meu coração e responder sem amarras: o que eu quero? o que eu gosto? de que jeito me sinto bem?"