O caso de injúria racial sofrida pelo jogador Celsinho, do Londrina, foi julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta sexta-feira, 24, e o Brusque foi punido com a perda de três pontos, mais R$ 60 mil. Já o conselheiro Júlio Antônio Petermann foi suspenso por 360 dias e multado em R$ 30 mil.
Com a punição, o Brusque perde uma posição e fica na beira da zona de rebaixamento, em 16º lugar, com 26 pontos. O Vitória é o primeiro time do Z4, com 25.
Tanto o Brusque quanto o conselheiro foram julgados pelo artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que diz “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito”.
O QUE ACONTECEU
Celsinho foi vítima de racismo pela primeira vez em 17 de julho em jogo contra o Goiás. Na oportunidade, o narrador Romes Xavier e o comentarista Vinícius Lima, da Rádio Bandeirantes Goiânia usaram termos como “cabelo pesado”, “bandeira de feijão” e “um negócio imundo” para comentar do cabelo do atleta.
Uma semana depois, contra o Remo, o narrador Cláudio Guimarães, da Rádio Clube do Pará, afirmou que Celsinho ia “com seu cabelo meio ninho de cupim para bater na bola”.
Depois um terceiro caso. Durante jogo contra o Brusque, Celsinho foi ofendido com as seguintes palavras: “vai cortar esse cabelo seu cachopa de abelha”. Após a denúncia, o Brusque soltou uma nota oficial acusando o jogador de “falsa imputação de crime”. Com a repercussão negativa, o clube catarinense se desculpou.