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Câmeras flagraram assassinato de candidato a vereador em Patrocínio; vídeo

O Tempo | 25/09/20 - 14h02
Reprodução

As câmeras do Olho Vivo da cidade de Patrocínio, no Alto Paranaíba, flagraram o momento em que o secretário de obras da cidade, Jorge Marra, assassinou o ex-vereador e pré-candidato a vereador Cássio Remis nesta quarta-feira (24). A morte ocorreu em frente a Secretaria de Obras da cidade. O secretário é irmão do prefeito. (Veja as imagens logo abaixo).

O delegado de Polícia Civil de Patrocínio, Renato Mendonça Cardoso, em entrevista exclusiva à Rádio Super, disse que não há dúvidas sobre a autoria do crime. 

“Câmeras do Olho Vivo da cidade mostram nitidamente que o autor dos disparos é o secretário Jorge Marra”, disse. “Fomos acionados na tarde desta quinta-feira (24) para um local e lá constatamos o óbito do  vereador Cássio Remis. Ele foi atingido por cinco disparos, de calibre 38, sendo, um nas costas, um no mamilo, um no braço e dois na cabeça”, acrescentou.

O delegado informou também que, logo após o crime, foi possível ver Marra fugindo em uma Hilux cor prata em direção a uma rodovia que dá acesso às cidades de  Perdizes e Uberlândia, onde o secretário possui fazendas, segundo o relatou o policial.

Secretário pode pegar até 30 anos de prisão

Se condenado pelo assassinato do vereador Cássio Remis, o secretário pode cumprir de 12 a 30 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado.

“Tendo em vista o que ele fez, um homicídio qualificado e, ao que tudo indica execução da vítima, a pena pode chegar ao patamar bem alto, acima dos 20 anos. Além disso, teve qualificadores: por motivo torpe e, dependendo de como foi o disparo dado na cabeça, ele dificultou a defesa da vítima”, explicou o delegado criminalista Mateus Fernandes Dutra. “O fato de ser político não interfere na pena, no meu entendimento”, acrescentou.

Secretário está foragido

Logo após o crime, noticias de que o Secretário de Obras, Jorge Marra, havia cometido suicídio se espalhou pela cidade. O delegado responsável pelo caso, entretanto, não confirmou a hipótese. “Verificamos em todos os hospitais, postos de saúde, com os bombeiros e nada. Não há nenhuma informação desse tipo”, concluiu.

A Polícia Militar da cidade também negou o suicídio. “Ventilaram essa informação, mas isso não procede. Ele evadiu logo após o crime e é considerado foragido”, afirmou o Major Adriano Guimarães, do 46º Batalhão de Polícia Militar da cidade. “Estamos fazendo buscas em todas as regiões”, disse