Caso Davi da Silva: PMs acusados de tortura e assassinato serão julgados na próxima semana

Publicado em 07/10/2025, às 15h00
Davi da Silva - Reprodução/Arquivo Pessoal
Davi da Silva - Reprodução/Arquivo Pessoal

Por Redação

Os policiais militares Nayara Silva de Andrade, Victor Rafael Martins da Silva, Eudecir Gomes de Lima e Carlos Eduardo Ferreira dos Santos, acusados de torturar e matar o jovem Davi da Silva, em 2014, serão submetidos a júri popular no próximo dia 13, no Fórum Desembargador Jairo Maia Fernandes, no Barro Duro, depois de 11 anos do crime. 

Os quatro PMs vão sentar no banco dos réus seis anos após a Justiça definir que o processo seguiria para o Tribunal do Júri. Durante o período, houve tentativas da defesa dos militares em alterar a decisão, bem como a liberação das medidas cautelares com habeas corpus. 

Em uma convocação pública, divulgada no início desta semana, o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Zumbi dos Palmares (CEDECA) pediu a participação da sociedade civil e de movimentos sociais durante o julgamento, que será aberto ao público.

Para o CEDECA, a ida da população para o julgamento é uma forma de reafirmar o compromisso coletivo com a verdade, a justiça e o direito à memória. “Este julgamento não representa apenas a busca por justiça para um jovem, mas também para todas as famílias que vivem a dor do desaparecimento e da negligência do Estado. A presença da sociedade é fundamental para garantir transparência e respeito aos direitos humanos”, destacou em nota.

O desaparecimento de Davi da Silva mobiliza familiares, entidades e órgãos públicos desde 2014, quando o adolescente foi visto pela última vez em Maceió.

O TNH1 não conseguiu contato com as defesas dos militares, mas deixa o espaço aberto para eventuais manifestações.

O caso

Davi da Silva sumiu após uma abordagem policial no bairro de Benedito Bentes, em agosto de 2014. Segundo testemunhas, ele estava com uma pequena quantidade de maconha e foi colocado dentro da viatura. Desde então, não houve mais informações sobre o paradeiro do jovem. Na ocasião, Davi estava acompanhado de Raniel Victor Oliveira da Silva, que foi encontrado morto meses após o sumiço do colega. Ele era a principal testemunha do caso.

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