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Caso Marielle Franco: polícia prende esposa de PM suspeito de matar vereadora

TNH1 | 03/10/19 - 10h17
Câmara RJ

Cinco pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (3) suspeitas de participar da morte da vereadora Mareille Franco e do motorista Anderson Gomes, em março do ano passado. 

Uma das pessoas presas é Elaine de Figueiredo Lessa. Ela é mulher de Ronnie Lessa, sargento reformado da Polícia Militar carioca e acusado de cometer o crime. O irmão dela, Bruno Figueiredo, também foi preso na operação. Os outros presos são, Márcio Montavano, conhecido como "Márcio Gordo", e Josinaldo Freitas, o "Di Jaca". 

De acordo com a polícia, eles são suspeitos de ajudar a ocultar provas, entre elas, a arma usada no crime. O quinto mandado de prisão foi contra Ronnie Lessa, que já está preso pelo crime.

Arma usada no crime foi jogada no mar, diz polícia

Segundo a Polícia Civil, o grupo teria ocultado armas usadas pelo grupo de Ronnie, entre elas a submetralhadora HK MP5, que teria sido usada para matar Marielle e Anderson.

De acordo com as investigações da DH (Delegacia de Homicídios), em março deste ano, dois dias depois das prisões de Ronnie e do ex-policial Élcio de Queiroz, outro acusado de matar a dupla, o grupo teria jogado as armas no mar. Sob o comando de Elaine, conforme a polícia, o armamento foi descartado próximo às ilhas Tijucas, na altura da Barra da Tijuca.

Para a DH, Montavano tirou uma caixa com armas de um apartamento no bairro da Pechincha, na zona oeste do Rio, levou-a até Freitas, que havia contratado o serviço de um taxista para transportá-la até o Quebra-Mar, de onde saiu o barco que levou o material até o oceano. Já Bruno é acusado de ajudar Montavano na execução do plano.

Com o auxílio de mergulhadores do Corpo de Bombeiros e da Marinha, foram realizadas buscas no local, mas nada foi encontrado. A profundidade e as águas muito turvas dificultaram o trabalho, segundo a Polícia Civil.

Já um pescador, segundo a investigação, revelou que foi contratado por um homem, identificado depois como "Di Jaca", recebendo R$ 300 para levá-lo ao local onde "fuzis e pequenas caixas", que estavam em uma mala e em uma caixa, seriam jogados no mar.

O crime

Marielle e Anderson foram assassinados a tiros em 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, Centro do Rio. Eles estavam dentro de um carro quando o crime aconteceu.

A vereadora voltava de um evento chamado "Jovens Negras Movendo as Estruturas", na Lapa, também na região central, quando um carro emparelhou com o veículo em que ela estava e efetuou disparos.

Acusados da execução dos assassinatos, Ronnie e Queiroz, que dirigia o carro usado no crime, segundo a polícia, estão presos na Penitenciária Federal de Porto Velho. Os dois negam participação no crime.

*Com informações da Agência Brasil e do UOL, em São Paulo