Esporte

Com música de Alceu Valença, 'torcida organizada' da Seleção volta para Copa América

Veja / Placar | 14/06/19 - 14h55
Divulgação / Movimento Verde e Amarelo

A frustração na Copa da Rússia e as infindáveis polêmicas envolvendo Neymar não diminuíram a empolgação dos torcedores da seleção brasileira. Ou, ao menos, da “torcida organizada” que seguirá o time ao longo de toda a Copa América no país. O grupo Movimento Verde Amarelo, liderado por amigos que se conheceram na faculdade, promete apoiar incondicionalmente a equipe de Tite e já tem novas músicas preparadas para o torneio, que começa nesta sexta-feira, 14, com Brasil e Bolívia, no Morumbi.

Inconformado com o desânimo habitual do público da seleção (e com o enfadonho e solitário canto de “sou brasileiro com muito orgulho…” ), o grupo uniu forças e instrumentos musicais e “estreou” na Copa de 2010, mas ganhou maior notoriedade nas edições seguintes ao compor canções das mais simplórias e diretas como “Mil Gols”, o hit da Copa de 2014, uma homenagem a Pelé e provocação a Maradona, às mais “elaboradas” como ” Único Penta é o Brasilzão”, que exalta os gols de Pelé, Romário e Ronaldo, sucesso em solo russo.

Para 2019, o grupo ampliou o repertório, com homenagens a campanhas históricas do time na Copa América, torneio que o Brasil não vence desde 2007. “Em 49 o Zizinho comandou, 89 o Bebeto voleou… 99, Ronaldinho chapelou… 2004, Imperador atropelou… Olê, olê, Brasil, olê, olê…”, diz um dos versos, no ritmo de Anunciação, de Alceu Valença, citando lances de  campeões da América. Outra criação, simples e pegajosa, relembra os títulos mundiais de 58, 62, 70, 94 e 2002 ao som de Volare (Nel blu dipinto di blu).

Uma das premissas do Movimento Verde Amarelo é o apoio irrestrito ao time. “Essa é uma posição nossa, não rola ‘cornetagem’, sobretudo dentro do estádio”, garante o administrador de empresas Luiz Carvalho dos Santos Neto, o “Vascão”, um dos fundadores do grupo. Ele conta que depois do sucesso na Rússia a turma se expandiu e hoje é composta por “embaixadas” em diversas cidades. O objetivo é seguir as seleções brasileiras de todas as modalidades.

“Já temos 127 embaixadas, em alguns casos com um membro apenas. É um trabalho que está no início de um projeto que acreditamos muito, a longo prazo, de estar em todos os esportes. Recentemente, nosso time de Ribeirão Preto acompanhou o Mundial de futsal para portadores de Síndrome de Down, em Ribeirão Preto”, contou Luiz, que busca patrocinadores e garante não receber nenhum apoio da CBF.

Para este ano, a torcida também criou uma música em homenagem à seleção feminina, que disputa a Copa do Mundo na França. “Hoje eu vim pra torcer, hoje eu vim pra cantar, pra cima mulheres guerreiras, que hoje eu vim pra ganhar”, cantam, ao ritmo de Não Deixa o Samba Morrer, consagrado na voz de Alcione.

Concentração

Em dias de jogos, o Movimento Verde Amarelo se reúne em um bar e, a poucas horas do jogo, parte rumo ao estádio, angariando novos adeptos. Nesta sexta, 14, o grupo se reunirá no Bar e Pizzaria Central do Morumbier, na Av. Jorge João Saad, 643, no bairro do Morumbi.