Maceió

Consultório na Rua de Maceió ganha prêmio nacional

02/08/18 - 07h39
Arquivo / Secom Maceió

Morar nas ruas de qualquer cidade implica aos "moradores" problemas maiores do que não ter uma casa. Para eles, o acesso a serviços básicos, como os de saúde, é um grande obstáculo. Ações como as do Consultório na Rua, que em Maceió ligado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), atuam minimizando os problemas enfrentados pela população de rua. Esta semana, a iniciativa foi considerada como a melhor experiência de Alagoas.

O trabalho realizado na capital alagoana foi apresentado no XXXIV Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde e 6º Congresso Norte-Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde, em Belém (PA). Maceió levou o prêmio com a apresentação da experiência “Consultório na Rua e Potência do Cuidado no Território: Produção de Afetos e Encontros”, de autoria de Jorgina Sales, coordenadora-geral do Programa na capital.

“Sabemos das dificuldades de se executar tais ações, por isso que a importância desta conquista vai muito além da premiação. Mostra que fazemos parte de um coletivo que acredita no SUS e que está engajado em levar cidadania a todos os maceioenses”, disse o prefeito Rui Palmeira.  Maceió e outros municípios alagoanos concorreram com 343 trabalhos de várias regiões do país na 15ª Mostra Brasil Aqui tem SUS.

Diariamente, seis equipes atuam nas áreas do Centro, Vergel, Orla Lagunar, Pajuçara e Benedito Bentes para ampliar o acesso da população em vulnerabilidade nas ruas e ofertar, de maneira mais oportuna, atenção integral à saúde, por meio das equipes e serviços da atenção básica.

“Esse empenho tem sido fundamental na vida de pessoas que saíram de casa e foram parar nas ruas. As equipes, que antes eram três, já encontraram de recém-nascidos a idosos. Pessoas que fugiram da violência doméstica, ou por conta do uso de drogas, e hoje vivem da catação de entulho e material reciclável. São muitas as situações registradas e tentamos acolher e atender cada caso”, detalhou o prefeito Rui Palmeira.

As equipes atuam de forma itinerante nas ruas e são compostas por agentes de ação social, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, enfermeiros, técnicos em enfermagem e oficineiros, que ensinam algum tipo de arte, esporte ou artesanato. Os profissionais trabalham das 13h às 19h e das 17h às 22h, de segunda a sexta-feira.