Defensoria encontra irregularidades durante vistoria em ônibus escolares de Maceió

Bancos rasgados, portas quebradas, pneus carecas. Este é o estado em que se encontram alguns dos ônibus utilizados no transporte escolar ofertado pela Prefeitura de Maceió. Os veículos passaram por outra vistoria, acompanhada pela Defensoria Pública de Alagoas, nesta quinta-feira (06), e fazem as linhas que levam os estudantes às escolas municipais Benedita da Silva Santos e Santo Antônio, no Benedito Bentes e na Usina Cachoeira do Meirim, respectivamente.

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Uma decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas permitiu o retorno do serviço em fevereiro, desde que, antes de entrar em circulação, os veículos passassem pela devida vistoria, realizada pelo DMTT (Departamento Municipal de Transportes e Trânsito). Em entrevista à TV Pajuçara, o defensor público Lucas Valença, denunciou que o Município está descumprindo a determinação judicial, uma vez que apenas 51 dos 240 coletivos usados pela prefeitura foram vistoriados, e todos estariam em circulação.

“A ordem do Poder Judiciário está sendo desrespeitada. Apenas pouco mais de 21% dos ônibus que estão circulando passaram pelo procedimento. Vamos comunicar isso ao presidente do TJAL e pedir, imediatamente, ao Município que coloque nas ruas somente os veículos que tenham o mínimo de segurança para as crianças e adolescentes, matriculados na rede pública municipal. Não há a possibilidade dos não vistoriados estarem em circulação”, detalhou Lucas.

Veja o estado de alguns dos ônibus:

A Defensoria já havia alertado sobre a gravidade da situação e do que precisaria ser feito. “A prefeitura estava ciente, caberia ter adotado medidas emergenciais desde o ano passado. Agora, para não prejudicar os alunos e pais, é necessário que seja definida uma resolução emergencial. A situação não deveria ter chegado a este ponto”, lamentou o defensor. Inclusive, segundo Lucas, alguns dos motoristas relataram que não se sentem seguros de rodar nestes ônibus e de transportar os estudantes.

O TNH1 entrou em contato com a Prefeitura de Maceió, por meio da assessoria de comunicação, que informou que apura a situação e deverá se pronunciar posteriormente.