Futebol Internacional

Delegação da Venezuela tem 12 casos de Covid antes de enfrentar Brasil na Copa América, diz DF

Folhapress | 12/06/21 - 13h26
Divulgação

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal anunciou neste sábado (12) que 12 integrantes da delegação da seleção de futebol da Venezuela, incluindo jogadores e comissão técnica, foram diagnosticados com Covid-19.

A seleção está em Brasília para o jogo marcado contra o Brasil neste domingo (13), às 18h, no estádio Mané Garrincha, pela estreia da Copa América.

Em nota, a secretaria do DF diz "que, na noite de sexta-feira (11), foi notificada pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) de que 12 membros da delegação da seleção de futebol da Venezuela, incluindo jogadores e comissão técnica, testaram positivo para Covid -19".

"Todos estão assintomáticos, isolados em quartos individuais e seguem monitorados pela equipe da Conmebol e pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), da Secretaria de Saúde", diz o órgão do governo.

A secretaria afirmar não saber detalhar quantos jogadores estão entre os 12 que com teste positivo.

A possibilidade de um problema maior era conhecida antes do embarque ao Brasil, já que o capitão Tomás Rincón permaneceu isolado em Caracas após um quadro viral. Ainda não há informações sobre a possibilidade de também ser um caso de Covid.

Outros dois jogadores da seleção comanda pelo técnico português José Peseiro, Wilker Ángel e Rolf Feltscher, foram excluídos da lista inicial após casos da doença.

Na sexta, a Conmebol retirou do regulamento o limite de cinco substituições na lista de jogadores inscritos na competição em casos de coronavírus.

A seleção do país fez um voo fretado (como serão todos na disputa da Copa América) direto de Caracas para Brasília. Apenas a delegação envolvida no torneio estava presente. Uma entrevista coletiva dos venezuelanos está prevista para o fim da tarde deste sábado.

Na última segunda (7), o Ministério da Saúde divulgou informações sobre os protocolos de segurança na Copa América. Pelas regras, os jogadores deverão ser testados a cada 48 horas e não poderão sair do hotel, exceto para ir aos treinos ou por questão de saúde.

O protocolo foi dividido em fases: viagem, hospedagem, testagem, treinos, jogos e retorno das equipes aos países de origem. As delegações, assim que chegarem ao Brasil, serão testadas dentro dos hotéis.

Além disso, as equipes usarão voos fretados e ônibus individuais, que serão higienizados antes e depois do uso.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a testagem será feita com o exame RT-PCR e que nenhum teste será realizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Todos os jogadores terão seguro de vida e, caso haja necessidade, serão atendidos por hospitais privados.

O chefe da pasta também falou que os atletas não seriam obrigados a tomar vacina para disputar o campeonato. Ele argumentou que a aplicação do imunizante naquele momento não causaria a imunidade até o início da competição.

"Não se fará esforço maior para vacinar esses atletas porque a vacina poderia até causar algum tipo de reação e comprometer o ritmo competitivo dos jogadores", avaliou.

Segundo o coordenador operacional da Copa América, André Pedrinelli, seis das dez equipes já estavam imunizadas e duas terminariam a imunização nesta semana.

De acordo com ele, entre jogadores e membros das comissões técnicas das dez seleções, haverá 650 pessoas envolvidas no torneio, além de 450 ligadas à Conmebol espalhadas pelas quatro sedes: Rio de Janeiro, Goiânia, Cuiabá e Brasília.