Esporte

Doping já pegou 6 dos 8 homens mais rápidos de todos os tempos

26/01/17 - 21h53
Reprodução/Exame

O exame positivo de doping do jamaicano Nesta Carter em reanálise a amostra colhida nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, faz com que seis dos oito homens mais rápidos do mundo em todos os tempos já tenham se envolvido com consumo de substâncias ilegais.

Do seleto grupo, formado por velocistas que obtiveram os melhores tempos até hoje nos 100 metros rasos, escapam incólumes apenas o também jamaicano Usain Bolt, atual recordista mundial, e o americano Maurice Greene, já aposentado.

Ontem, o Comitê Olímpico Internacional (COI) retirou a medalha de ouro conquistada pela Jamaica no revezamento 4×100 metros rasos em Pequim 2008, devido ao doping de Carter. Bolt, Asafa Powell e Michael Frater também formavam o time da ilha caribenha.

Com a decisão anunciada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), o Brasil deverá herdar a medalha de bronze, já que terminou a final na quarta colocação. O primeiro lugar ficaria com Trinidad e Tobago, enquanto a prata iria para a equipe japonesa.

Apesar da perder um dos nove ouros que conquistou em diferentes edições dos Jogos, Bolt segue incólume no fim da carreira. Enquanto isso, Carter, também Powell, além de Yohan Blake e Steve Mullings, e os americanos Tyson Gay e Justin Gatlin foram punidos em algum momento por doping.

A punição mais severa ao grupo de velocistas foi para Gatlin, campeão olímpico e mundial dos 100 metros, que ficou suspenso por um ano após ser flagrado em exame, em 2001, e, por reincidência acabou punido por mais quatro, em 2006.

A segunda pena, inicialmente, chegou a ser de oito anos de suspensão por uso de testosterona. Como colaborou com em investigações da justiça, escapou de ser banido do esporte e, posteriormente, ainda teve suspensão reduzida pela metade.

Steve Mullings, que correu em 9s80, ficou dois anos afastado do esporte por causa de doping, também por testosterona. Por causa da punição, acabou ficando fora dos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas, para qual já estava classificado.

Tyson Gay, por sua vez, confessou em julho de 2013 que havia testado positivo em teste antes da competição. A Agência Antidoping dos Estados Unidos o suspendeu por um ano, por isso, não disputou o Campeonato Mundial de 2013, em Moscou.

Já Asafa Powell, que chegou a ser recordista mundial em 2005, com 9s77 e, posteriormente, reduziu em cinco centésimos a marca, foi suspenso por 18 meses em 2014, ao ser flagrado tendo consumido o estimulante oxilofrina.

Yohan Blake admitiu em setembro de 2009 que tinha utilizado a substância metilxantina antes da disputa do Campeonato Jamaicano de Atletismo, três meses antes. Por causa disso, foi punido no país por três meses.

Maurice Greene, por sua vez, está livre de acusações, embora, em 2008, tenha sido investigado pela justiça americana, após ser citado pelo mexicano Ángel Guillermo Heredia, acusado de ser fornecedor de substâncias dopantes, como um comprador. O velocista, no entanto, acabou livre de acusações.