Esporte

É o momento ideal para enfrentar o Brasil, afirma técnico do Peru

Folha Press | 06/07/19 - 22h09

 O argentino Ricardo Gareca fugiu das perguntas sobre a possibilidade de ser o técnico da seleção do seu país natal. A um dia da final da Copa América contra o Brasil, no Maracanã, o treinador do Peru classificou como "ideal" o momento para enfrentar os donos da casa.


"Estamos vindo de dois jogos muito difíceis que nos fortaleceram. Se pudesse escolher um momento para enfrentar o Brasil, seria este", afirma ele.


Sob seu comando, o Peru volta a disputar a decisão da competição continental pela primeira vez desde 1975. Quando menciona dois jogos difíceis, se refere a Uruguai e Chile nas quartas e semifinal, respectivamente. Sempre como zebra, a equipe de Gareca eliminou os uruguaios nos pênaltis e fez 3 a 0 nos chilenos. Isso fez o capitão Paolo Guerrero ignorar as previsões sobre o suposto favoritismo de uma equipe ou outra.


Na primeira fase, Brasil e Peru se encontraram e o time de Tite goleou por 5 a 0.


"Ambicionamos que seja totalmente diferente, mas não sei. Não digo que não vai acontecer de novo. Não posso prever", também se esquivou o técnico, quando questionado se o placar elástico da fase de grupos não se repetiria.


Um dia antes da final, a principal preocupação de Gareca foi não causar polêmica. Mesmo ao dizer que é o momento ideal para enfrentar o Brasil. deixa claro que se preocupa "com tudo o que tem a ver" com o  adversário deste domingo (7) e que a seleção brasileira tem capacidade que vai muito além da ausência de Neymar, lesionado.


Gareca é um dos mais cotados para ser chamado para a seleção argentina a partir do final deste ano, quando acaba o contrato de Lionel Scaloni. Ele é grande amigo de Oscar Ruggeri, o zagueiro que ambiciona o cargo de diretor de seleções que hoje pertence a Cesar Luis Menotti.


Mas este não foi um assunto que ele quis tratar antes de uma das partidas mais importantes da história do futebol peruano.


"Vou falar apenas sobre o jogo. Estamos um pouco longe longe do que acontece [no Peru] porque estamos concentrados. Mas isso não significa que não estamos vivendo isso intensamente", finalizou o treinador.