Da coluna Boadcast+:
"O empresário Nelson Tanure já busca um banco de investimento para assessorá-lo em sua investida para adquirir uma parte da fatia da Novonor na Braskem. A ex-Odebrecht tem o controle da petroquímica, que foi dada em garantia a bancos por empréstimos concedidos no passado. Tanure está conversando com as instituições financeiras para entender os caminhos possíveis a um acordo, já que depende deles a aprovação do negócio.
As reuniões entre o empresário e os bancos credores começaram na última segunda-feira, 26, com Bradesco. Nesta quinta-feira, 29, Itaú Unibanco e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) participam de encontro com o empresário. O Santander também estava na agenda do dia.
As instituições têm a receber da Novonor perto de R$ 19 bilhões, considerando os juros somados a empréstimos concedidos à então Odebrecht, antes mesmo de o grupo entrar em recuperação judicial em 2019. A Braskem toda tem valor de mercado próximo de R$ 9 bilhões.
Segundo uma fonte que participa das negociações, as reuniões trataram, até o momento, dos grandes problemas do setor e da empresa. Por enquanto, ainda não se falou em possíveis valores de uma oferta para quitar os débitos, assunto que deve aguardar a chegada de um assessor financeiro à mesa.
Conforme apurou a Coluna, a proposta de Tanure envolve um aporte de US$ 70 milhões na Novonor, deixando à empresa uma fatia de 3,5% a 5% na Braskem. Somado a isso, o empresário terá de chegar a um valor a ser pago aos bancos credores para liberar as ações da garantia."