Economia

Entenda o que é o Tesouro Direto e como investir

06/08/18 - 08h28
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O Tesouro Direto é uma forma bastante simples e segura de investir em títulos públicos do governo federal.

É preciso muito pouco para começar a investir em Tesouro Direto: um número de CPF válido e conta corrente em algum banco. A primeira coisa a fazer é entrar em contato com o banco ou corretora autorizado a intermediar a compra de títulos públicos; no próprio site do Tesouro Direto você encontra uma lista com todas as instituições habilitadas a negociar esses papéis. Após o cadastro na instituição escolhida, o investidor receberá uma senha por e-mail para acessar a área restrita do Tesouro Direto - é nesta seção que você pode comprar ou vender títulos e também consultar saldos e extratos. O investimento mínimo é de 30 reais. Cada título ofertado tenha um valor nominal bem superior a isso, mas o programa permite que usuário compre até 1% de cada papel. As aplicações podem ser de curto, médio ou longo prazo - cada título tem uma data de vencimento explícita.

O próximo (e importante) passo, é conhecer os tipos de títulos ofertados. Na prateleira do Tesouro Direto três modalidade de títulos públicos estão disponíveis: aqueles indexados à taxa básica de juros do país; a taxa Selic, os títulos prefixados com diferentes prazos de vencimento, e os títulos atrelados ao IPCA - o índice que mede a inflação no país.

O Tesouro Selic é o mais indicado para quem está começando; com baixa volatilidade, os títulos dessa modalidade rendem um pouquinho todos os dias. Os prefixados tem valor final pré-definido já no momento da compra, o que é uma boa opção para quem pretende manter o di-nheiro aplicado até o vencimento. Independentemente do que ocorrer na economia, você rece-berá o rendimento previsto. Já o Tesouro IPCA é uma espécie de título híbrido…

Os títulos do Tesouro Direto contam com liquidez diária. Ou seja, você pode resgatar a quantia aplicada antes da data de vencimento. O que é importante entender é que nos títulos prefixados e no Tesouro IPCA, como ocorre uma oscilação do valor no meio do caminho até o vencimento, se for preciso sacar o dinheiro antes do vencimento, o rendimento pode ser diferente do contratado. É difícil perder dinheiro, mas provavelmente o usuário vai ganhar menos.

A maioria das corretoras já não cobra taxa de administração para investir em Tesouro Direto. Ainda assim, o investidor deve pagar uma taxa de 0,30% ao ano sobre o valor do título à Bovespa - valor referente a serviços de guarda dos papéis. Fora isso, existe a tributação de IOF, o Imposto Sobre Operações Financeiras para quem resgata os recursos em menos de 30 dias; e Imposto de Renda sobre a rentabilidade dos títulos.

A principal dica para quem vai fazer a primeira aplicação é ir direto, com aquele "fundinho" de reserva, e experimentar um investimento no Tesouro Selic: renda fixa, sem risco, sem erro, sem medo de ser feliz… E se ainda houver insegurança, a gente separou um link bem legal em que é possível fazer simulações do investimento em Tesouro Direto e conferir o comportamento e o rendimento de cada um dos títulos.