Os Estados Unidos ameaçaram abertamente nesta quinta-feira os países que votarem na Assembleia Geral da ONU contra sua decisão de reconhecer Jerusalém como capital de Israel. “Este dia será lembrado”, disse a embaixadora americana, Nikki Haley, no debate prévio à votação de uma resolução que reivindica que Washington volte atrás em sua decisão sobre Jerusalém. window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256620-1'); window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256607-13');Haley insistiu que os EUA “vão se lembrar” deste voto na próxima vez que um país lhe pedir apoio financeiro ou político, ou quando voltarem a reivindicar que seu país seja o principal contribuinte para o orçamento das Nações Unidas. “Os Estados Unidos vão colocar sua embaixada em Jerusalém. Isso é o que os americanos querem que façamos. E é a decisão correta. Nenhum voto na ONU fará qualquer diferença”, comentou a embaixadora. window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256620-2'); window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256607-4'); O voto, no entanto, mudará a forma como os EUA trabalham nas Nações Unidas e como olham para os “países que faltam com respeito”, acrescentou a embaixadora americana. As advertências de Haley se somam às feitas ontem pelo presidente Donald Trump, que ameaçou cortar a ajuda aos países que votarem contra os EUA. window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256620-3'); window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256607-6'); “Todas estas nações que tomam o nosso dinheiro e depois votam contra nós, no Conselho de Segurança e na Assembleia (da ONU), eles tomam milhões de dólares, bilhões de dólares, e votam contra nós”, afirmou Trump em reunião de seu gabinete na Casa Branca. “Bem, vamos estar atentos a esses votos. Deixem que votem contra nós. Economizaremos muito. Não nos importamos”, acrescentou o presidente. window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256620-4'); window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256607-8'); Em 6 de dezembro, Trump reconheceu Jerusalém como capital israelense, rompendo décadas de consenso internacional, segundo o qual o status final da cidade deve ser estipulado em um processo de paz entre israelenses e palestinos. A resolução que será votada hoje na Assembleia Geral reitera a doutrina das Nações Unidas sobre Jerusalém e exige “que todos os Estados cumpram as resoluções” do Conselho de Segurança relativas à cidade. Na última segunda-feira, os EUA vetaram um texto similar no Conselho de Segurança, mas nenhum país dispõe deste privilégio na Assembleia, cujas resoluções carecem de caráter vinculativo como acontece no Conselho.