Polícia

Exame de DNA confirma que ossada encontrada no mês passado é do menino Kauã

Ascom Perícia Oficial | 24/05/22 - 10h21

O Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística de Alagoas encaminhou na manhã desta terça (24), o resultado do exame de DNA feita na ossada de uma criança encontrada no mês passado. O laudo confirma oficialmente que os restos mortais são do Márcio Kauã Ferreira Acioli de 2 anos e 10 meses.

A ossada da criança foi localizada no dia 28 de abril em uma região de mato, as margens da avenida Rota do Mar, entre os conjuntos residenciais Aprígio Vilela e Caetés, no bairro do Benedito Bentes em Maceió. O exame se tornou obrigatório tendo-se em vista questões técnico-científicas e legais em relação à liberação de cadáveres vítimas de violência.

De acordo com a perita criminal Carmélia Miranda, responsável pelo exame, ela recebeu do IML de Maceió 01 (um) fragmento ósseo de fêmur retirado do cadáver até então não identificado. Como também células orais coletadas em Dirlene Ferreira Acioli, mãe do menino Kauã que estava desaparecido para realização do exame de DNA.

Ela explicou que mesmo diante de tantos indícios de que os restos mortais eram da criança Kauã, e embora houvesse a própria confissão do autor da morte e a indicação dele do local onde ele ocultou o cadáver, juridicamente não era possível liberar a ossada sem uma prova científica. Por esse motivo foi necessário a realização do exame de DNA para constatar que a ossada era realmente o filho biológico de Dirlene.

“Do ponto de vista forense realizar a identificação humana das vítimas, seja de restos mortais ou remanescentes, tem a importância de garantir os devidos trâmites legais para a conclusão das investigações. Mas, do lado humano, o resultado desse exame irá garantir a mãe, e a todos os familiares desse menino fechar um ciclo após a liberação da ossada para o sepultamento”, disse Carmélia Miranda.

Causa da morte

O exame cadavérico realizado pela equipe do Instituto de Medicina Legal Estácio de Lima (IML de Maceió) na ossada apontou que a criança morreu por traumatismo crânio encefálico. A necropsia encontrou uma fratura no osso occipital do crânio causada por um instrumento contundente, como também foram localizadas fraturas antigas consolidadas em três costelas, confirmando que a criança vinha sofrendo maus tratos, antes de ser morta.