Alagoas

Facções criminosas são ameaça à redução da violência, diz secretário de Segurança de AL

Deborah Freire | 15/05/19 - 10h51
Secretário Paulo Lima Júnior | Agência Alagoas / Arquivo

A redução do número de homicídios, percebida em Alagoas nos últimos dez meses, convive com uma ameaça, que é a atuação das facções criminosas.

De acordo com o secretário de Segurança Pública do Estado, Paulo Lima Júnior, essas organizações são capazes de elevar o número de crimes e a sensação de insegurança, mesmo em estados com políticas fortes de combate à criminalidade.

Ele falou sobre o assunto ao comentar um crime que deixou dois irmãos mortos, no Benedito Bentes, em Maceió, durante o fim de semana, e que foi atribuído a uma vingança entre facções.

“O problema de facções é nacional e eu classifico como uma grande ameaça à soberania do nosso país. Organizações criminosas podem elevar qualquer número de homicídio e a sensação de insegurança em qualquer estado”, afirmou em entrevista à Rádio Pajuçara FM Maceió, no programa Pajuçara na Hora, com Gernand Lopes.

Lima Júnior lembrou da situação vivida no Ceará, que registrou uma crise na segurança pública no início do ano, e no Rio Grande do Norte, no ano passado.

“Aqui em Alagoas, não foge da tendência nacional. 80% dos homicídios são ligados ao tráfico. Não vamos acabar com os homicídios, que historicamente são registrados no estado. No Brasil, isso cresce ano a ano, e isso passa sem dúvida pelas organizações criminosas”, declarou.

Apesar da constatação, o secretário afirmou que Alagoas conseguiu consolidar a redução da violência e está há dez meses seguidos com queda nos índices de violência. Em abril, foram 106 homicídios, incluindo mortes em confronto com a polícia.