Eleições

Fecomércio: dois candidatos à Prefeitura de Maceió recebem a 'Agenda Municipal 2020'

Ascom Fecomércio | 28/10/20 - 08h17
Divulgação/Assessoria

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Gilton Lima, recebeu hoje (27), os candidatos à Prefeitura de Maceió, Lenilda Luna (UP), às 10h, e Ricardo Barbosa (PT), às 12h. Os encontros aconteceram na sede da entidade e tiveram como objetivo apresentar as demandas do setor ao futuro gestor de Maceió.

Antes de entregar a Agenda Municipal 2020 com as demandas do setor, os candidatos puderam conhecer a atuação da entidade e o papel do Sistema Fecomércio, Sesc, Senac em Alagoas. “É importante que o futuro gestor conheça nosso trabalho, nossa estrutura, o que a gente pode fazer e o que a gente faz. Quando se mexe no orçamento destas entidades, mexe-se principalmente com os mais necessitados, porque o Sistema tem um trabalho muito sério com o lado social, a exemplo do Mesa Brasil, do Sesc”, disse Gilton Lima ao falar que, desde 2017, sucessivas decisões do poder público acabaram por repercutir no repasse da verba às entidades, mantidas pelos empresários.

Os dados econômicos dos setores de Comércio e de Serviços e seus impactos na dinâmica orçamentária do município foram apresentados aos candidatos. A ideia é que a próxima gestão, ao traçar políticas públicas, considere a importância destes segmentos que respondem por aproximadamente 65% do PIB da capital. “Infelizmente, o que a gente percebe é que, ao traçar políticas públicas, os governos envolvem a Indústria, deixando de lado o Comércio e Serviços, os grandes contribuintes dos cofres públicos”, observou Felippe Rocha, assessor econômico da Federação, acrescentando que, em Maceió, a Indústria responde por 16% e, a Agricultura, por 1% do PIB.

Lenilda Luna foi a primeira candidata a conversar com a direção da Fecomércio. Acompanhada da candidata a vice, Vânia Gomes, Lenilda falou que as informações repassadas são importantes para quem pretende administrar a cidade e explicou que a Unidade Popular (UP) é um partido formado por trabalhadores e socialistas. “Tem muito preconceito em relação a isso que eu queria desfazer aqui porque, de planejamento econômico, nós entendemos. Nós, socialistas, fomos os primeiros a defender que a economia deveria ser planificada, porque a economia era vista como uma livre concorrência anárquica que na verdade não é”, pontuou ao dizer que, neste aspecto, o poder econômico pode impedir o surgimento de diversificação dos negócios.

A candidata ressaltou que defende uma sociedade mais igualitária. “Para o setor de Serviços e Comércio, isso é fundamental”, afirmou ao lembrar do auxílio emergencial, inicialmente defendido pelos socialistas, contribuiu para sustentar a economia do Comércio. “Defendemos a diversidade econômica, uma economia que o dinheiro circule e, para isso, é preciso a distribuição de renda”, observou. Sobre o Sistema, Lenilda afirmou ser fã do trabalho desenvolvido. “Durante a minha vida de repórter, várias matérias eu fiz sobre o Mesa Brasil. Várias matérias sobre o que significa a participação do Senac para mudar a vida das pessoas. Eu já vi meninos da periferia se tornarem chefs nos cursos do Senac”, disse.

O segundo candidato recebido pela Fecomércio nesta terça-feira foi Ricardo Barbosa (PT), que chegou acompanhado da vice, Élida Miranda. Para ele, mais do que propor, apontar saídas e soluções, é importante ouvir e fazer o processo de construção. “Porque assim vai se propor o meu governo, quando eleito for. Um governo de construção coletiva”, afirmou ao falar que seu programa de governo não é uma receita prescrita para a cidade, mas sim algo em movimento e que precisa ser constantemente adaptado aos tempos e à realidade. “O que terei de propostas para os empresários, para tudo o que a Fecomércio representa, se não forem ouvidas por parte daqueles que estão no dia a dia do setor? Tenho a humildade de reconhecer que a gente pode ter as premissas, mas essa elaboração é coletiva”, observou.

Na visão do candidato, muitos problemas foram expostos na pandemia, principalmente no aspecto da geração de renda. “Se não houvesse, por parte do Governo Federal – uma política inclusive impulsionada pelo Partido dos Trabalhadores junto com os partidos de oposição ao Governo no Congresso para que fosse aprovado um auxílio emergencial, o setor teria passado queda e, talvez, uma recuperação seria inimaginável nos próximos anos”, avaliou. Segundo Ricardo, à medida que a capital alagoana foi se desindustrializando, os setores de Comércio e Serviços passaram a ocupar esse lugar, sendo a saída para a economia. “Não podemos apostar numa economia baseada em qualquer tipo de indústria ou produção de alto consumo de carbono”, complementou. A implementação de uma cooperativa voltada para pesca e aquicultura para a comunidade da beira da lagoa e o incentivo a projetos culturais com foco no turismo foram algumas das propostas apresentadas como alternativa à geração de renda e redução da desigualdade.

A Agenda Municipal 2020 da Fecomércio com as propostas do setor ao futuro gestor da capital alagoana encontra-se disponível no site da entidade (https://bit.ly/3nwbprx).

(Divulgação)
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