Brasil

Fiocruz: mortes caem por 3 meses, e UTI de covid tem menor taxa em 14 meses

Uol | 17/09/21 - 16h31
Zanone Fraissat/Folhapress

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) informou hoje que o Brasil registra queda de casos e óbitos causados pela covid-19 há 12 semanas. A análise também mostra que a taxa de ocupação de leitos de UTI para tratamento da doença está no melhor cenário desde julho de 2020, quando começou o monitoramento.

Os dados foram divulgados no Boletim do Observatório Covid-19, relatório quinzenal da fundação que avalia o cenário da pandemia no país e compara os índices entre os estados.

De acordo com o documento, o número de óbitos sofreu a maior queda do ano, uma redução de 3,8% por dia entre 5 de agosto e 11 de setembro.

A Fiocruz destaca, em todo o relatório, que o avanço da vacinação tem sido fundamental para conter os índices da doença. Atualmente, 86% da população já recebeu ao menos uma dose da vacina e 47% completou o esquema vacinal.

24 estados com taxa de UTI abaixo de 60%

A Fiocruz orienta ampliação da testagem e rastreamento de contatos de pessoas infectadas de modo a "interromper as cadeias de transmissão" da doença.

"A taxa de positividade dos testes também está em queda, mas se mantém alta segundo os padrões internacionais, o que mostra a permanência da circulação do vírus", diz o boletim.

A fundação também mostra que as internações por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) apresentam tendência de melhora, mas com alguns estados e capitais estáveis ou em alta. Para a próxima semana, indica a Fiocruz, será crucial o avanço da vacinação e a manutenção de medidas como distanciamento e uso de boas máscaras.

Em relação às taxas de ocupação de leitos de UTI para covid, 24 estados e o Distrito Federal estão com taxas abaixo de 60%. Roraima (76%) e Rio de Janeiro (62%) são os estados que destoam, mas o primeiro tem um cenário específico —apenas 50 leitos do tipo.

A Fiocruz afirma que este é o melhor cenário de ocupação de UTI para covid desde julho de 2020, quando começou a analisar tais dados.

Fiocruz reforça necessidade de distanciamento

O boletim traz dados sobre o IPD (Índice de Permanência Domiciliar) no Brasil, que indica como está a circulação de pessoas durante a pandemia. Desde julho, o índice se mantém próximo a zero, o que mostra que não há diferença substancial entre a circulação agora e antes da pandemia.

"Esta forma de ausência de distanciamento reúne diversas formas distintas de aglomeração, desde o transporte público até atividades de comércio e lazer", diz o boletim.

A Fiocruz recomenda que as medidas de distanciamento sejam mantidas enquanto a vacinação avança para evitar a propagação da doença.