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Forrozeiros fazem recepção dos restos mortais do "Mestre Zinho" com muito forró

28/11/15 - 16h59

O parceiro Eudes Torres e o filho Luciano levam a urna (Crédito: TNH1)

O parceiro Eudes Torres e o filho Luciano levam a urna (Crédito: TNH1)

A recepção não poderia ser diferente. Forrozeiros de várias partes de Alagoas se reuniram, na tarde deste sábado (28), no cemitério Nossa Senhora da Piedade, no Prado, para receber a urna contendo os restos mortais do cantor e compositor de forró, Erivan Alves de Almeida, o "Mestre Zinho", que morreu em 2010, no Rio de Janeiro. Muito forró, com os sucessos do artista alagoano conhecido nacionalmente por suas músicas e alegria ao cantar sucessos como "Documento na mão".

"Foi uma luta, mas eu tinha que fazer isso. Afinal, é um mandamento de Deus honrar pai e mãe. Acredito que a vida não termina aqui. O espírito foi, mas enquanto o que restou do corpo dele não desaparecer, parte dele estará entre nós" - disse o filho de Zinho, Luciano Almeida.

Muitos forrozeiros que tiveram a oportunidade de conviver com Zinho se emocionaram com a chegada dos restos mortais. A exemplo de Agnaldo Ferreira, que esteve ao lado do cantor por 17 anos de estrada. "Vivemos muita alegrias. Zinho era bem recebido em qualquer lugar que fosse. Sua música e amizade vão ficar marcados para sempre" - disse o amigo.

Para o presidente da Associação dos Forrozeiros de Alagoas, José Lessa, Zinho teria que voltar para Maceió. "Muitos artistas vão embora e ficam por lá mesmo. É aqui onde eles devem ficar e ser lembrados", sugere.

Veja o vídeo da homenagem: 

O apresentador do programa "Manhãs Nordestinas" da Pajuçara FM, Humberto Maia, também destacou a importância do cantor e a luta para trazer seus restos mortais para Alagoas. "Houve uma tentativa em 2013, mas não houve êxito por vários motivos. Agora deu certo e estamos felizes com o retorno de Zinho para Alagoas", comemorou Maia.

Parceiro em várias composições, Eudes Torres, disse que a homenagem a Zinho é mais do que justa e reacende a importância do artista para o gênero musical. "Fico feliz em relembrar o quanto essa parceria profissional e de amizade foi importante", disse Eudes, que carregou a urna com o filho do cantor.

Veja mais: 

Reportagem mostra a primeira tentativa para trazer os restos mortais de Zinho em 2013