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França: agência sanitária confirma retorno da epidemia de Covid-19 e aumento de casos

Uol | 30/10/21 - 16h58
Pixabay

A agência sanitária francesa Santé Publique France confirmou nesta sexta-feira (29) a retomada epidêmica no país, após um período de baixa circulação do Sars-CoV2 e o fim de boa parte das medidas restritivas para controlar as contaminações. Segundo a agência, o número de casos graves também voltou a crescer desde o dia 18 de outubro.

De acordo com o boletim semanal divulgado pela agência, a taxa de incidência, que corresponde à proporção de novos casos na população, aumentou 14% em cerca de uma semana e passou para 55 diagnósticos positivos para cada 100 mil pessoas, em 44 regiões francesas. A partir de 50 infecções, as autoridades sanitárias consideram que a epidemia está fora de controle.

Em média, 5.276 contaminações foram registradas diariamente na França na semana passada e 346 pessoas foram hospitalizadas nas unidades de terapia intensiva dos hospitais, o que corresponde a um crescimento de 12%. Atualmente, 6.500 pacientes estão internados em todo o país.

"Na França metropolitana, a taxa de novas hospitalizações e internações em unidades de terapia intensiva estão crescendo ou estão estáveis em todas as regiões", afirma a agência em seu boletim. "Neste contexto, é primordial encorajar a vacinação das pessoas que ainda não se imunizaram e a terceira dose para os maiores de 65 anos e pacientes com comorbidades, além de manter a adesão às medidas de proteção", ressalta a agência.

Apesar do aumento das infecções, o governo francês espera que a vacinação, que protege contra as formas graves da Covid-19, evite a saturação nos hospitais. Cerca de 68% da população francesa está imunizada com as duas doses da vacina da Pfizer, principalmente. O passaporte sanitário, que limita a vacinados o acesso a locais públicos fechados, como restaurantes, cinemas, teatros, museus ou complexos esportivos, também tem-se mostrado eficaz para limitar as infecções. A medida, em princípio, é válida até o final de fevereiro.

Paralelamente, a epidemia continua acelerando na Europa, principalmente no leste do continente. Os países mais atingidos são a República Tcheca, onde os casos mais do que dobraram na última semana, a Hungria, a Dinamarca, a Polônia, a Croácia e a Eslováquia. Mas o número de infecções representa uma pequena parte do número real de contaminações e a comparação com outros países deve ser feita com cuidado, já que as políticas de testes diferem de um local para outro.

Situação melhora em outras regiões

Em compensação, nas outras regiões do mundo, as contaminações estão em baixa. O Oriente Médio registrou uma queda de 16% de novas contaminações, a África 11%, a Ásia 6%, a América Latina e o Caribe 3%, a Oceania 2%, e os Estados Unidos e o Canadá 1%. Israel, que lançou campanha da terceira dose reforço para os vacinados, teve a maior queda no número de casos, com - 41%. Apenas 700 infecções são registradas por dia no país.