O tiktoker argentino Agustín David López Gagliasso, de 20 anos, atropelou e matou uma mãe e sua filha adolescente enquanto dirigia a 120 km/h para perseguir um motociclista com quem teria se desentendido no trânsito, em Rosário, na Argentina. O acidente, que aconteceu em 21 de janeiro, revoltou internautas, principalmente após encontrarem um vídeo dele dirigindo com uma mulher no colo pouco antes da tragédia.
O criador de conteúdo, que tinha quase 30 mil seguidores nas redes sociais, estava acompanhado de uma garota chamada Giovanna, também de 20 anos. Posteriormente, exames detectaram álcool no sangue de Agustín, que está preso preventivamente e pode pegar até 25 anos de prisão sob acusação de duplo homicídio com intenção eventual.
Segundo o jornal El Tiempo, o jovem tem um histórico de direções imprudentes, incluindo a suspensão de sua carteira de motorista por dirigir embriagado. No ano passado, de acordo com registros, seu carro tinha três multas por excesso de velocidade.
Um vídeo publicado pelos dois jovens nas redes sociais no mesmo dia do acidente fatal mostrava Agustín dirigindo com Giovanna em seu colo. Imagens de câmeras de segurança também confirmaram a imprudência dele em altíssima velocidade enquanto perseguia a moto.
➡️ AGUSTÍN GAGLIASSO, QUE ATROPELLÓ Y MATÓ A UNA MUJER Y SU HIJA |Aparecieron imágenes del implicado en la tragedia, en los que aparece conduciendo con una influencer en sus piernas.
— Potencial Info (@Potencial_Info) January 23, 2025
🚧 #SiniestroVial pic.twitter.com/t1oqRYwUUY
Pablo Javkin, prefeito de Rosário, compartilhou o vídeo das câmeras de segurança em suas redes sociais para rebater as alegações de que foi um acidente. "Foi um crime", escreveu na legenda. Veja abaixo:
NO FUE UN ACCIDENTE, FUE UN CRIMEN
— Pablo Javkin (@pablojavkin) January 27, 2025
NO AL CAMBIO DE CARÁTULA
Miren estas imágenes que captamos con las cámaras de Video Control de tránsito de la Municipalidad y que son las que aportamos a los fiscales.
El recorrido del auto empieza en Ayacucho y Arijón, a las 20:12, sin… pic.twitter.com/6WXUEWo3Mt
Logo depois, aconteceu a tragédia. Havia uma família de quatro pessoas esperando o semáforo abrir quando o veículo descontrolado de Agustín os atingiu em cheio. Tania Daniela Gandolfi, 41 anos; e uma de suas filhas, Agustina Magalí García, 16, morreram. A outra pessoa ferida no atropelamento era a filha mais nova da família, Victoria, que teve vários traumas e hematomas distribuídos pelo corpo e crânio. Seu pai, Diego García, a salvou da morte agarrando seu braço com força.
Segundo Giovanna, presente no carro, o tiktoker ficou transtornado antes de cometer o crime. “Ele estava cego de raiva. Eu fiquei com medo, pensei que ia morrer. Me segurei com força. Não senti o impacto. Saí sozinha do carro, me vi coberta de sangue. Tudo doía, no começo eu não conseguia andar, tinha pedaços de vidro grudados no rosto. Pedi ajuda. Agustín sempre esteve focado em perseguir a moto, não se importou com nada, nem se eu morresse ou se batesse em outros carros. Um inconsequente”, criticou em depoimento.
Ela também negou ser namorada dele e disse que Agustín estava apenas a levando para casa após um encontro de amigos. Em uma publicação, Giovanna disse estar "viva por um fio".
Nas redes sociais, o homem exibia sua vida e frequentemente compartilhava vídeos e fotos de seus carros, além de imagens na academia e em festas. No entanto, após o acidente, apagou todos os vídeo de seu perfil no TikTok.
Internautas se revoltaram com os desdobramentos da história trágica e pediram punição severa ao rapaz e à garota, principalmente com a repercussão do vídeo em que ela aparece sentada em seu colo no carro no mesmo dia do atropelamento. De acordo com o Infobae, Giovanna não enfrentará acusações criminais na investigação.
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