O gabinete de guerra de Tel Aviv discutiu na tarde desta segunda-feira (15) uma série de opções de retaliação ao Irã após o ataque contra Israel, mas há preocupações para não causar uma guerra total, informou a imprensa local.

O Canal 12, por exemplo, disse que a intenção era fazer ações coordenadas com os Estados Unidos, que afirmaram que não se juntariam a Israel em qualquer ataque direto ao Irã. Já o Times of Israel disse estar avaliando uma resposta "dolorosa" à operação que não desencadeará uma guerra regional.

Também nesta segunda, o porta-voz da diplomacia do regime, Nasser Kanani, disse que países ocidentais deveriam "apreciar a moderação do Irã nos últimos meses". "Em vez de fazer acusações contra o Irã, os países [ocidentais] deveriam culpar a si mesmos e responder à opinião pública pelas medidas que adotaram contra os [...] crimes de guerra cometidos por Israel" disse Kanani.

O primeiro ataque de Teerã contra Israel desde 1979, ano em que a República Islâmica foi estabelecida no país, levou diversos líderes a se pronunciarem pedindo moderação.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, enfatizou a necessidade de evitar uma escalada em uma série de ligações com seus homólogos de Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Turquia, Reino Unido e Alemanha, de acordo com declarações do Departamento de Estado.

Já o secretário de Relações Exteriores britânixo, David Cameron, chamou o ataque de "um fracasso total", embora "imprudente e perigoso". A chanceler da Alemanha, Annalena Baerbock, foi além quando questionada sobre um eventual direito de retaliação de Israel e disse que "o direito à autodefesa significa repelir um ataque". O presidente da França, Emmanuel Macron, também pediu a Israel para evitar uma escalada militar.