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Linha do tempo mostra seis anos de investigação do caso Marielle, de 2018 a 2024

TNH1 com Folhapress | 24/03/24 - 15h20
Marielle Franco | EBC

Seis anos após o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, a Polícia Federal prendeu três suspeitos de terem ordenado o crime, ocorrido em março de 2018.
Ao longo desses anos, as investigações do caso foram marcadas por morosidade, mudanças recorrentes no comando das apurações e acusações de tentativas de despistar as autoridades.

Veja, a seguir, a linha cronológica do caso.

2018

  • 14 de março - Marielle Franco e Anderson Gomes são mortos a tiros enquanto voltavam de um evento. O carro onde estavam foi alvejado quando passavam pelo Estácio, na região central do Rio.
  • 16 de março - A polícia identifica dois carros envolvidos no assassinato; uma das placas havia sido adulterada;
  • 11 de outubro - O Ministério Público do Rio de Janeiro diz ter identificado o biotipo do assassino;
  • 1º de novembro - A Polícia Federal entra no caso e abre inquérito para apurar esquema voltado a obstruir a investigação e impedir a "elucidação dos mandantes e executores reais" do caso;
  • 22 de novembro - O secretário de Segurança Pública do Rio, general Richard Nunes, afirma que a Polícia Civil identificou alguns participantes do assassinato.

2019

  • 14 de janeiro - O Ministério Público e a Polícia Civil passam a seguir linhas distintas de investigação;
  • 21 de fevereiro - PF faz operação para apurar obstáculos às investigações;
  • 12 de março - O policial militar reformado Ronnie Lessa, 48, e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, 46, são presos suspeitos de terem participado do crime;
  • 20 de março - Inquérito da Polícia Federal cita o ex-deputado estadual Domingos Brazão (ex-MDB) entre os suspeitos de ser um dos mandantes do crime;
  • 23 de março - Polícia Federal conclui que houve tentativa de atrapalhar investigações, em relatório enviado a Raquel Dodge, então procuradora-geral da República;
  • 31 de maio - O PM Rodrigo Jorge Ferreira, conhecido como Ferreirinha, é preso acusado de mentir para incriminar o miliciano Orlando da Curicica como um dos mandantes;
  • 17 de setembro - Em seu último dia no cargo, Raquel Dodge denuncia ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) cinco suspeitos de fraudar as investigações;
  • 3 de outubro - A Polícia Civil do Rio de Janeiro prende Elaine de Figueiredo Lessa, mulher de Ronnie Lessa, e o irmão dela, Bruno Figueiredo;
  • 29 de outubro - Porteiro de condomínio de Jair Bolsonaro afirma que Élcio Queiroz, suspeito de matar Marielle, pediu para ir à casa do ex-presidente;
  • 1 de novembro - A promotora Carmen Carvalho se afasta das investigações após a divulgação de fotos suas em apoio a Bolsonaro;
  • 20 de novembro - Porteiro que citou Bolsonaro no caso Marielle recua e diz à Polícia Federal que errou. 

2020

  • 27 de maio - STJ rejeita pedido da PGR para que a investigação fosse federalizada.

2021

  • 10 de março - O Ministério Público do Rio de Janeiro anuncia criação de uma força-tarefa;
  • 10 de julho - As promotoras Simone Sibilio e Letícia Emile deixam a investigação após acusarem interferências externas;
  • 26 de julho - O Ministério Público do Rio de Janeiro anuncia uma nova força-tarefa. 

2023

  • 22 de fevereiro - Flávio Dino, então ministro da Justiça e Segurança Pública, determina a instauração de um inquérito na Polícia Federal para ampliar a colaboração federal;
  • 23 de julho - O ex-PM Élcio Queiroz fecha acordo de delação premiada e assume ter participado do assassinato.

2024

  • 24 de janeiro - Ronnie Lessa fecha acordo de delação premiada;
  • 25 de janeiro - Alexandre de Moraes diz que 'Abin paralela' de Bolsonaro monitorou promotora do caso Marielle;
  • 28 de fevereiro - Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, é preso acusado de ter destruído o carro usado no assassinato;
  • 14 de março - O STF (Supremo Tribunal Federal) recebe parte da investigação após citação de pessoas com prerrogativa de foro;
  • 19 de março - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anuncia a homologação da delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa;
  • 24 de março - PF prende Domingos e Chiquinho Brazão, suspeitos de mandar assassinar Marielle, e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro.