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MG: Procurador de Justiça é preso suspeito de atirar em mulher após briga de trânsito

Istoé | 02/10/20 - 21h07
Reprodução

O procurador de Justiça Bertoldo Mateus de Oliveira Filho, de 59 anos, foi preso nesta quinta-feira (1º) após atirar em direção a uma mulher, de 53 anos, depois de uma briga no trânsito em Belo Horizonte (MG). A vítima Simone Santos Vaz não foi atingida e passa bem. As informações são do G1.

De acordo com a Polícia Militar, além do registro da vítima por tentativa de homicídio, o suspeito ainda foi acusado por desacato a autoridade. Segundo o boletim de ocorrência, ele tentou resistir à prisão e xingou os militares, que precisaram usar da força para algemá-lo. O procurador também apresentava sinais de embriaguez e estava com a CNH vencida.

Conforme a versão de Simone à polícia, a confusão começou por conta de uma discussão de trânsito. Ela e a companheira estavam de carro paradas no sinal vermelho atrás do veículo de Bertoldo. Quando o sinal abriu, o procurador teria demorado a arrancar. Ela buzinou, deu ré e chamou a atenção dele.

Ainda segundo a mulher, Bertoldo teria passado a seguir o carro dela. Durante o trajeto ele teria batido na traseira do carro dela duas vezes e também a agrediu verbalmente, chamando de “sapatona e puta”. Após descer do veículo, o homem ainda teria tentado bater na vítima, mas ela conseguiu desviar.

Em seguida, Bertoldo teria ido até o carro, pegado uma arma e atirado em direção à Simone. Ela conseguiu se proteger em uma pilastra da garagem e não foi atingida. Os pedidos de socorro da vítima chamaram a atenção de pessoas que passavam pelo local e testemunharam o ocorrido.

Procurador diz que não atirou “voluntariamente”

No entanto, o procurador deu outra versão para os fatos. De acordo com Bertoldo, ele estava em um restaurante e ao sair, foi chamado pela mulher de “idoso e filho da puta”. Ele teria decidido ir atrás dela para saber por que foi xingado e, chegando à residência de SImone, tiveram uma discussão.

O procurador disse ainda que não atirou “voluntariamente” contra a mulher e que recebeu um tiro no para-brisa de seu carro. Segundo o Ministério Público de Minas, após os depoimentos, o Procurador-Geral de Justiça pagou fiança e já “está em sua residência”. Uma perícia foi ao local, onde recolheu um projétil e um chinelo. Um Procedimento de Investigação Criminal foi aberto para apurar o caso.