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Michigan aprova uso recreativo da maconha

Estados americanos votaram também por aumento de salário mínimo e leis mais restritivas para o aborto em plebiscitos realizados durante eleições

VEJA.com | 07/11/18 - 21h56
Michigan | Reprodução

Além de escolher seus deputados, senadores, governadores e representantes locais, os americanos decidiram sobre uma série de plebiscitos estaduais nas eleições de meio de mandato desta terça-feira (6).

Em Michigan, foi aprovada uma iniciativa para a legalização da maconha para uso recreativo. Já em Missouri e Utah, os cidadãos decidiram pela legalização do consumo para fins medicinais da droga. Uma outra medida semelhante foi recusada pelos eleitores em Dakota do Norte.

Michigan se junta aos outros nove estados que já legalizaram o uso da droga. Entre eles Alasca, Califórnia, Colorado, Maine, Massachusetts, Nevada, Oregon, Vermont e Washington. Já o uso da cannabis para fins médicos é agora permitido em 33 estados.

Além da legalização da maconha, outras 149 propostas diferentes foram votadas pelos estados americanos nesta terça. Entre as principais iniciativas estavam modificações na legislação estadual sobre a realização de abortos, mudanças no salário mínimo e na extensão dos programas de saúde pública.

O direito ao aborto estava em jogo em três lugares. No Alabama, uma emenda que acrescenta o direito à vida dos fetos na Constituição federal foi aprovada com mais de 60% dos votos.

Já em West Virginia, uma iniciativa para proibir o financiamento público do procedimento foi aprovada com 52%. Uma proposta semelhante foi rejeitada pelos eleitores no Oregon.

O Estado de Arkansas aumentou o salário mínimo local de 8,50 dólares por hora para 11 dólares até o ano de 2012. Para o mesmo período, o Missouri elevou para 12 dólares o salário de 7,85 dólares.

Algumas propostas sobre mudanças na lei eleitoral estadual também estavam em votação. Em Maryland, foi aprovada uma emenda que permite que os cidadãos se registrem para votar em uma eleição no próprio dia da votação. Na Carolina do Norte e em Arkansas se instituiu a obrigatoriedade da apresentação de um documento com foto para votar.

Já em Michigan e Nevada, os eleitores passarão a ser registrados para votar assim que renovarem suas carteiras de documentos, a não ser que peçam o contrário.

Sobre serviços públicos, os cidadãos em Idaho decidiram pela adoção de algumas das medidas de expansão da cobertura dos serviços de saúde pública estabelecidas pelo Obamacare, o programa de saúde pública do ex-presidente Barack Obama.

Propostas semelhantes foram votadas em Utah, Nebraska e Montana. Os eleitores em Montana recusaram a iniciativa, enquanto nos outros dois estados a contagem dos votos ainda não terminou.

Iniciativas de mudanças em leis sobre Justiça criminal foram votadas em vários estados. Flórida, Geórgia, Kentucky e Oklahoma aprovaram diferentes versões da chamada Lei de Marsy, adotada primeiramente pela Califórnia. As propostas tratam da proteção às vítimas de crimes e seus familiares, analisando questões como o direito a notificações sobre datas e detalhes das audiências dos criminosos, soltura sob fiança, entre outras.

Os eleitores de Nevada e da Carolina do Norte também opinaram sobre propostas semelhantes, mas os votos ainda não terminaram de ser contabilizados.

Em Washington, uma medida que propõe mudanças nos padrões aceitos para o uso de violência por policiais foi aprovada. A emenda estabelece a realização de um teste seja com os policiais acusados de violência extrema e institui a obrigatoriedade de um treinamento sobre diminuição do uso da força, saúde mental e treinamento de primeiros socorros.