Maceió

Mina 18 não tem tamanho do Maracanã, entenda

TNH1 com Secom Maceió | 04/12/23 - 10h32
Reprodução / TV Pajuçara

Nos últimos dias, até mesmo órgãos oficiais, afirmavam, que a mina 18, na área de extração de sal-gema pela Braskem no bairro do Mutange, teria o tamanho aproximado do Maracanã, estádio de futebol no Rio de Janeiro. Alguns veículos de comunicação, inclusive nacionais, chegaram a reproduzir a informação, desmentida nesta segunda-feira, 04, pela Defesa Civil de Maceió. 

A Prefeitura de Maceió divulgou que a cavidade da mina 18 tem um volume de 116 mil metros cúbicos, o que seria 27 vezes menor que o tamanho do Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ), que tem mais de 3,1 milhões de m³. Os dados são do último sonar, realizado no dia 4 de novembro deste ano, segundo dados calculados pelo Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil do município (CIMADEC).

O órgão municipal realiza o monitoramento de toda a área afetada pelo fenômeno de afundamento do solo por uma rede de equipamento que medem em milímetro possíveis deslocamentos em superfície, subsuperfície, inclinação e rotação, com o objetivo de acompanhar a evolução espacial e temporal do fenômeno de subsidência.

Técnicos das áreas de geologia, geografia, engenharia de agrimensura, engenharia civil e agentes de monitoramento compõem o time que realiza o monitoramento ininterrupto desde 2019, e fazem a análise dos dados.

“Estamos todos empenhados nessa missão, pois nosso maior objetivo é salvaguardar a vida dos maceioenses. Por isso, desde quando foi identificado a subsidência em cinco bairros da capital, mais de 55 mil pessoas já saíram da área de risco”, ressalta o coordenador-geral, Abelardo Nobre.

Rede de equipamentos

- Rede sismológica com 14 sensores superficiais e 12 em profundidade;

- Interferometria de radar por abertura sintética (InSAR) em uma área de aproximadamente 16 km², e com alta resolução espacial;

- 75 Receptores com Sistema diferencial de navegação Global por satélite (DGPS's);

- Quatro Inclinômetros com 250m de profundidade e sensores a cada 1m;

- 13 Tiltímetros;

- Três Pluviômetros instalados próximos à área afetada.

Monitoramento

A Defesa Civil de Maceió monitora ininterruptamente a movimentação de solo que está ocorrendo na cavidade 18, onde havia a extração de sal-gema pela mineradora Braskem. 

Desde a última terça-feira (28), o equipamento que mede a movimentação do solo na mina apresentou deslocamentos expressivos, o que colocou todos os técnicos em alerta máximo para, desde então, iniciar uma força tarefa para gerenciar o caso.

O Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Maceió faz o monitoramento diário pelos equipamentos instalados em toda a área atingida e em seu entorno. Um desses equipamentos é o Sistema de Posicionamento Global Diferencial (DGPS), que pode medir a movimentação do solo vertical e horizontal (3D) em milímetros, em tempo real.

Além da rede de equipamentos, o órgão realiza visitas periódicas em toda a área adjacente do mapa, realizadas pelo Comitê Técnico. As visitas têm por objetivo conferir nessas residências se aparecem novas manifestações patológicas e, sendo encontradas, se têm relação com o processo de subsidência do solo.