Moradores da Rua Cícero Freitas da Silva, no Tabuleiro do Martins, denunciaram o vazamento de água de esgoto que teria sido causado por uma obra inacabada na região. A população relatou o mau cheiro e destacou que a rua foi tomada por lama e buraco, desde o início do serviço, que teria ocorrido há aproximadamente cinco meses.
A reportagem do programa Balanço Geral Alagoas, da TV Pajuçara/Record TV, esteve na localidade nesta manhã e verificou a situação com os moradores. Dona Cleide, que é dona de um salão de beleza, contou que o descaso afasta a clientela dela.
"Está muito difícil para trabalhar, já era por causa da pandemia, e agora com essa lama, com esse esgoto, não tem como. Se der desconto, o cliente ainda reclama, porque o mau cheiro é terrível", disse ao repórter Willamis Tavares.
"Foi iniciada uma obra, colocaram três canos, um no meio e dois nos cantos. Colocaram fossa pra colocar a água, mas não fizeram nada mais. O esgoto ficou a céu aberto. Quando chove, fede demais", acrescentou dona Cleide.
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Seu José, outro morador, afirmou que reside há anos no local e nunca presenciou a rua nesse estado. "Depois que começaram a cavar em todo canto, ficaram essas poças d'água, desabou tudo, ficou tudo desmantelado. Muitos anos que moro aqui e nunca vi essa bagaceira na minha rua. Ficou ruim para todo mundo, sem ninguém merecer", lamentou.
"Toda vez que chove, a água podre sobe e ninguém aguenta. Eles começaram e não terminaram, então não fizeram nada que preste por aqui", continuou ao reclamar do serviço.
A reportagem entrou em contato com a Sanama - Saneamento Alta Maceió - e foi informada de que uma equipe técnica vai ser encaminhada para fazer a desobstrução da rede coletora de esgoto. Ainda segundo a nota, as obras seguem em andamento e as ligações clandestinas realizadas no local provocam o transbordamento do esgoto. Veja na íntegra abaixo:
"A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e a Sanama informaram que, tão logo as condições climáticas permitam, vão encaminhar uma equipe técnica ao local para fazer a desobstrução da rede coletora de esgoto dessa localidade. Ao mesmo tempo, as empresas ressaltam que as obras nessa região ainda não foram concluídas e seguem em andamento, por isso, comete crime ambiental quem interliga o esgoto domiciliar a essas redes, que não estão sendo operadas. São essas ligações clandestinas que estão causando os transbordamentos. Por isso, é necessário que quem interligou o esgoto residencial a essas redes faça a imediata desconexão, visto que pode ser autuado pelos órgãos ambientais. Quem puder fazer denúncias nesse sentido para ajudar a Casal e Sanama a identificar os infratores pode ligar para o Call Center 0800 082 0195".
Os moradores também informaram que há vazamento de água limpa em outro trecho da via. O TNH1 entrou em contato com a BRK Ambiental e uma nota também foi enviada. Leia a seguir:
"A BRK Informa que vai enviar uma equipe de diagnóstico para verificar a situação. A partir da conclusão dessa análise, se ficar constatado que se trata de uma demanda relacionada ao sistema de água operado pela BRK, a empresa seguirá com a programação dos reparos necessários. A concessionária reforça que a população registre as ocorrências pelo 0800 771 0001, que funciona 24 horas, para que as demandas cheguem ao conhecimento da empresa e sejam incluídas automaticamente na escala das equipes de campo".
