Após 25 dias de paralisação dos policiais civis, o que interferiu no andamento de investigações e elucidações de crimes cometidos em Alagoas, a Polícia Civil deverá fazer um mutirão para dar conta das pendências geradas durante a greve.
De acordo com o delegado-geral, Paulo Cerqueira, a prioridade será dada aos casos mais graves. “Estou aguardando o relatório das delegacias regionais para saber qual o número de inquéritos em atraso”, comentou. “Assim que tivermos esse montante, vamos definir como o mutirão será feito para que as ações não atrasem ainda mais”, garantiu Cerqueira em entrevista ao TNH1.
A greve dos policiais terminou no último dia 13 de maio, após quase um mês de intensas negociações e uma breve paralisação do Porto de Maceió, onde os manifestantes ficaram acampados.
Entre as reivindicações de melhorias pedidas pelos policias estavam a revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios (PCCS), implantação e pagamento retroativo das progressões salariais, entre outros.
O vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), Edeilto Gomes, informou que os agentes estão prontos para desempenhar suas funções, mesmo sem a estrutura necessária nas delegacias.
“O problema não é a quantidade de processos, mas a falta de estrutura para que as investigações sejam realizadas dentro de um tempo coerente, preservando a integridade física dos agentes”, alegou o representante do sindicato.