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Neblina tóxica obriga Bangcoc a fechar mais de 450 escolas

Prefeitura usa drones para dispersar líquidos contra poluentes e pede a moradores para não queimarem incenso no Ano Novo chinês

VEJA.com | 30/01/19 - 21h57
Neblina/Ilustração | Pixabay

Uma neblina tóxica obrigou AS autoridades de Bangcoc, capital da Tailândia, a fechar 450 escolas da cidade nesta quarta-feira, 30. A crise provocada pela poluição fora de controle é fonte de preocupação para a população, que culpa o governo por suposta passividade.

A fumaça escura envolve Bangcoc há semanas, forçando seus moradores a usarem máscaras, já escassas no comércio da região,  Entre as razões dadas por autoridades para a neblina tóxica estão o tráfego excessivo de automóveis e motocicletas, a expansão se limites às construções civis, a queima de campos de colheita e a poluição de fábricas.

Nos últimos dias, o governo começou a adotar medidas para atenuar o problema, como jogar água em viadutos, em uma tentativa de absorver micropoluentes. Além disso, pediu aos moradores para não queimarem incensos e papel durante as celebrações do ano novo chinês, que será comemorado no próximo dia 5 de fevereiro.

Nesta quarta-feira, diante do agravamento da situação, a Administração Metropolitana de Bangcoc subiu o tom em seus alertas e ordenou que todas as escolas públicas da cidade permaneçam fechadas até sexta-feira 5.

“A situação estará ruim até 3 ou 4 de fevereiro, então decidi fechar as escolas”, disse o prefeito de Bangcoc, Aswin Kwanmuang, acrescentando que a medida visa também retirar das ruas os carros que levariam crianças e adolescentes para as aulas.

Entre três e quatro bairros da cidade foram “severamente atingidos pela neblina”, acrescentou Kwanmuang, avisando que provavelmente expedirá um aviso desaconselhando exercícios físicos em parques.

Drones serão inseridos na operação de emergência, dispersando uma solução líquida de açúcar no ar, que ajudaria a limpar partículas microscópicas de poluição. Segundo o jornal The Guardian, não há nenhuma declaração sobre a eficiência da medida, dada a escala da névoa.

Um serviço de monitoramento de qualidade do ar, o Air Visual, classificou o de Bangcoc na escala 171, de “prejudicial”, contra 156 no meio do mês de janeiro. O ar deixa de ser considerado saudável na faixa entre 151 e 200 IQA, quando a concentração de certos poluentes excede o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A medição é mais alta do que em algumas cidades da China, mas ainda menor do que a da capital da Índia, Nova Délhi. A diretora do Greenpeace na Tailândia, Tara Buakamsri, disse que os níveis são os piores “em pelo menos um ano”.