Futebol Nacional

Operação Cartola: Chicão será julgado nesta terça pelo STJD

TNH1 | 09/10/18 - 12h40
O árbitro alagoano é suspeito de participar de um esquema de manipulação de resultados do Campeonato Paraibano de Futebol. | Arquivo TNH1

Francisco Carlos do Nascimento, o Chicão, árbitro de futebol alagoano será julgado nesta terça (9) pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pela suspeita de participar de um esquema de manipulação de resultados do Campeonato Paraibano de Futebol. O caso foi investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) pela Operação Cartola, que denunciou vários envolvidos.

De acordo com o que foi divulgado no Blog do Marlon Araújo, no TNH1, o escândalo de manipulação de resultados de jogos no futebol paraibano já tinha o envolvimento de um alagoano, o delegado Marcos Paulo Vilela, chefe da Polícia Civil da Paraíba, que comandava as investigações, quando em maio surgiu o fato de que Francisco Carlos do Nascimento teria ido ao estado vizinho para comandar o primeiro jogo da decisão do campeonato entre Campinense e Botafogo, em Campina Grande.

Segundo as investigações, os dois clubes, Campinense e Botafogo, tentaram tirar vantagem na atuação de Chicão na busca de manipular o resultado do jogo. O Botafogo teria utilizado uma pessoa por nome de Alex e o Campinense chegou em Chicão por intermédio de Danilo Corisco, massagista da Federação Paraibana de Futebol e acusado de ser o ‘homem’ do esquema usado por Treze e Campinense para chegar aos árbitros.

Um áudio mostrou, à época, uma conversa de Chicão com o presidente do Campinense, intermediada pelo massagista. A conversa a que o blog teve acesso não tinha falas diretas sobre resultados e manipulação, e eram trechos subjetivos sobre uma possível articulação.

Na defesa feita por Chicão, o árbitro alagoano justificou que não sabia com quem estava falando, pensou ser alguém da Federação e que se soubesse que seria o presidente do Campinense não teria atendido a ligação.

A denúncia

A juíza Andréa Carla Mendes Nunes Galdino, da 4ª Vara Criminal da Capital, acolheu no início de setembro a denúncia do Ministério Público e tornou o árbitro Francisco Carlos do Nascimento, o empresário Alex Fabiano e outros nove suspeitos réus na ação. A magistrada, inclusive, aplicou medidas cautelares aos envolvidos, que são suspeitos por prática de crimes relacionados à manipulação de resultados de jogos do Campeonato Paraibano de Futebol.