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Operação do MP mira novas lideranças de facção criminosa paulista

Extra | 14/09/20 - 09h03
Reprodução

O Ministério Público de São Paulo, em atuação conjunta com a Polícia Militar, cumpre na manhã desta segunda-feira 40 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão preventiva contra a principal facção paulista que atua dentro e fora de presídios ao redor do país.

A operação tem como alvos criminosos que teriam assumido o controle da facção após a ida de algumas de suas principais lideranças para presídios federais no ano passado. A investigação começou em 2018, após a prisão de um criminoso apelidado de Tubarão. Ele era responsável pelo setor financeiro da facção e, com ele, foram apreendidos diversos documentos e planilhas de contabilidade do grupo criminoso.

Após a extração dos dados, os promotores conseguiram vincular parte desse material à nova liderança da facção, designada por Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, atualmente preso na penitenciária de segurança máxima em Brasília. Outras lideranças foram enviadas para um presídio federal em Porto Velho, em Rondônia.

Alguns dos criminosos que são alvos de mandados de prisão já se encontram presos. O restante dos suspeitos, além de documentos e objetos apreendidos durante a operação, serão levados para a sede do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), em São Paulo.

A investigação foi realizada por uma força-tarefa formada por integrantes do Ministério Público de diversos estados.

Segundo o Ministério Público, as provas colhidas revelaram que a cúpula da facção comanda sistemática que movimenta mais de R$ 100 milhões anualmente, quantia decorrente, primordialmente, do tráfico de drogas e da arrecadação de valores de seus integrantes, tudo com rigoroso controle em planilhas.

"As investigações revelaram a cadeia logística do tráfico de drogas da facção, bem como a sucessão entre suas principais lideranças à frente da fonte de maior renda da organização criminosa, indicando, ao final, a participação de 21 pessoas, algumas presas durante a apuração", afirmou o MP.