A Petrobras elevará os preços médios da gasolina em suas refinarias em 4% a partir de quarta-feira (23), informou a companhia, em movimento que interrompe uma sequência de três quedas nos valores do produto.
Já o diesel, combustível mais utilizado do Brasil, não terá alterações, informou a estatal por meio da assessoria de imprensa. Nos reajustes anteriores, a companhia havia cortado também os valores desse derivado de petróleo.
Apesar do aumento, os preços da gasolina seguirão 13,4% abaixo das máximas de 2020, registradas logo no começo do ano, quando o combustível era vendido nas refinarias da Petrobras por R$ 1,9173 por litro, segundo dados compilados pela Reuters.
Os preços caíram fortemente a partir de março, em meio aos impactos da pandemia de coronavírus sobre o mercado de petróleo e combustíveis, e chegaram a tocar mínimas abaixo de 1 real por litro em meados de abril antes de voltarem a subir.
A Petrobras defende que sua política de preços tem como base a paridade de importação, o que leva em conta fatores como as cotações do petróleo no mercado internacional e o câmbio.
Os futuros do petróleo Brent, referência internacional, avançaram pouco mais de 4% desde o último reajuste da Petrobras, enquanto o real também perdeu valor frente ao dólar no período.
Repasse depende dos postos
Mas o repasse dos movimentos de preço nas refinarias aos postos não são garantidos e nem automáticos e dependem de diversos fatores, incluindo margem de distribuição e tributos.
Dados do IBGE mostram que o preço da gasolina recuou 0,45% em média no país em agosto, acumulando uma queda de 5,93% nos 8 primeiros meses do ano.