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PF apreende R$ 230 milhões em patrimônio do tráfico; suspeitos contrataram até dupla sertaneja famosa

Polícia Federal deflagra operação com ações no Brasil e no Paraguai e apreende patrimônio do tráfico de drogas avaliado em R$ 230 milhões

TNH1 com ascom PF | 12/09/20 - 15h37
Divulgação / PF

A Polícia Federal deflagrou, na manhã dessa sexta-feira (11/9), a Operação Status com o objetivo de combater a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Trata-se de mais uma ação do órgão no cumprimento das diretrizes de descapitalização patrimonial do crime organizado, cooperação internacional e prisão de lideranças. 

A operação foi batizada de “Status” em alusão à ostentação de alto padrão de vida mantida pelos líderes da organização criminosa, com participações em eventos de arrancadas com veículos esportivos de alto valor, contratação de artistas famosos, incluindo dupla sertaneja, para eventos pessoais e residências de luxo. Segundo o portal Campo Grande News, a dupla Bruno e Marrone realizou um show para o clã investigado pela PF em 2017. 

Estão sendo sequestrados mais de R$ 230 milhões em patrimônio do tráfico de drogas no Brasil e no Paraguai.

No Brasil estão sendo sequestrados e apreendidos 42 imóveis, duas fazendas, 75 veículos, embarcações e aeronaves, cujos valores somados atingem R$ 80 milhões em patrimônio adquirido pelos líderes da Organização Criminosa.

A Operação Status se destaca também por ser um modelo de cooperação internacional entre a Polícia Federal e a SENAD/Paraguai, ressaltando que, somente em solo paraguaio, estão sendo sequestrados dez imóveis, no valor aproximado de R$ 150 milhões.

Policiais federais cumprem, também, oito mandados de prisão preventiva e 42 mandados de busca e apreensão, além das ordens de sequestro já mencionadas, todas expedidas pela 5ª Vara Federal em Campo Grande/MS.

No Brasil, as ordens judicais são cumpridas por policiais federais nos Estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.

No Paraguai ocorre o cumprimento de quatro mandados de prisão preventiva e busca e apreensão em coordenação com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, em doze locais nas cidades de Assunção e Pedro Juan Caballero.

O esquema criminoso investigado tinha como ponto principal a lavagem de dinheiro do tráfico de cocaína, por meio de empresas de “laranjas” e empresas de fachada, dentre as quais havia construtoras, administradoras de imóveis, lojas de veículos de luxo, dentre outras. A estrutura, especializada na lavagem de grandes volumes de valores ilícitos, também contava com uma rede de doleiros sediados no Paraguai, com operadores em cidades brasileiras como Curitiba, Londrina, São Paulo e Rio de Janeiro.