Polícia

PM da reserva é preso suspeito de matar homem com quem negociava terreno de R$ 1 milhão

Deborah Freire com TV Pajuçara | 08/11/19 - 08h36
TV Pajuçara / Bruno Protásio

Um tenente da reserva da Polícia Militar foi preso em operação nesta sexta (08) suspeito de um homicídio praticado no dia 25 de outubro no bairro Cidade Universitária, em Maceió.

O militar José Gilberto Cavalcante Gois foi preso com Wagner Luís das Neves, ambos suspeitos de executar Luciano de Albuquerque Cavalcante, 48 anos, e também podem ter premeditado o crime, com interesse em ficar com um terreno avaliado em R$ 1 milhão, que vinha sendo negociado entre as partes.

De acordo com a delegada Taciane Ribeiro, da Delegacia de Homicídios da Capital, o carro usado no crime, um Voyage branco com reboque e vidros fumê, que seria de Wagner Luís, ajudou a chegar aos possíveis autores.

A polícia também investigou a vida da vítima e descobriu que José Gilberto havia negociado com a vítima para lotear um terreno, localizado no bairro Forene, em Rio Largo, e vinha cobrando Luciano para que lhe repassasse a quantia de R$ 3 mil para pagar a escritura.

No dia do crime, imagens de câmeras de segurança filmaram o momento em que o Voyage branco entra no condomínio do PM Gilberto, onde permanece por 12 minutos, e sai em direção ao posto Acauã, onde a vítima trabalhava, com aluguel de máquinas pesadas, e onde foi morta.

"O Gilberto passou pela vítima e efetuou cinco tiros. Quem dirigia era o Wagner, que mantém grande amizade no meio da Polícia Militar, inclusive, muitas pessoas acreditam que ele é da P2 (serviço de inteligência), e ele possui em casa vários fardamentos da polícia", declarou a delegada.

Camisetas com identificação em nome de outras pessoas, calças, um par de botas, um cassetete e bolsas da PM foram apreendidos na casa de Wagner, que não é policial. Na casa de Gilberto, foram apreendidos cartuchos de munição ponto 40.

"A gente acredita que a motivação tenha sido para Jose Gilberto ficar com o terreno. Há outras diligências para vermos se outras pessoas tiveram envolvimento no crime", aponta Ribeiro.