Polícia

Polícia identifica autores de áudios que divulgam pontos de blitz em Maceió

Redação TNH1 | 01/10/19 - 10h41
Um dos pontos de blitz em Maceió que foi divulgado nas redes sociais | Cortesia

Você já usou a internet para informar pontos de blitz em ruas ou rodovias? A atitude frequente nas redes sociais é considerada ilegal pela Justiça e pode acarretar em pena de reclusão de um a cinco anos para quem for flagrado. Esta semana, em Alagoas, cinco pessoas foram identificadas e podem receber punições.

O núcleo de inteligência dos órgãos de trânsito já atuam no Estado para identificar mais suspeitos. As cinco pessoas já identificadas, que ainda não foram presas, seriam responsáveis por criar grupos no aplicativo Whatsapp para passar informações sobre as ações policiais. Eles e os integrantes do grupo gravam ou compartilham áudios com o objetivo de alertar o condutor para escapar de uma possível parada.

O coronel Liziário, comandante do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), informou à reportagem que a polícia busca dar o flagrante nos suspeitos, e eles podem ser enquadrados por crimes cibernéticos. "Estamos acompanhando esses indivíduos que já têm mais de 15 grupos de Whatsapp, somando quase 5 mil pessoas se comunicando entre si e prestando esse grande desserviço à sociedade alagoana", disse.

"Isso é crime. Artigo 265 do Código Penal. Atentar contra a Segurança Pública. Infelizmente ainda não existe lei específica para esse tipo de prática. Essas pessoas são enquadradas em crimes cibernéticos", continuou Liziário.

O TNH1 teve acesso a alguns dos diversos áudios que a polícia recebe diariamente com relatos dos pontos onde se instalam a blitz para surpreender os motoristas que atuam de forma irregular no Estado. Nos áudios abaixo, o "informante" fala de dois locais diferentes das blitze, nos bairros Tabuleiro do Martins e Poço.

Ouça:

O TNH1 tentou contato com o delegado Thiago Prado, responsável pela Seção de Crimes Cibernéticos da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), para saber se a Polícia Civil também atua no caso, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno.