Brasil

Polícia investiga se estudante manipulava veneno de naja para produzir drogas

Correio 24 horas | 21/07/20 - 09h56

Não é só por tráfico internacional de animais exóticos que o estudante Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, 22, está sendo investigado. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apura a manipulação das cobras e a suposta extração do veneno para a produção de alucinógenos e drogas sintéticas. 

A investigação teve início após o jovem ser picado por uma serpente da espécie Naja kaouthia em Brasília, onde mora. O episódio desencadeou uma série de operações policiais e a apreensão de 16 cobras de variadas espécies. Algumas estão no topo do ranking das mais venenosas do mundo.

Segundo o Metrópoles, existe a suspeita de que o veneno da Naja possa ter sido manipulado para produção e mistura de entorpecentes, sobretudo os sintéticos. A Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema) tem, além dessa linha de investigação, outras que indicam tráfico internacional de animais exóticos.

A variedade de cobras e a forma como eram acondicionadas são indícios que facilitariam a manipulação dos animais.

De acordo com o delegado da Dema, Erison Abdala, a especializada tem como alvo principal identificar e mapear a rota de entrada das cobras no DF, principalmente em relação às espécies características dos países asiáticos. “Estamos apurando se essas cobras foram manipuladas e se o veneno delas foi extraído”, resumiu.