Polícia

Polícia vai investigar se suspeita de matar advogado italiano agiu sozinha

Destino de dinheiro trazido pela vítima da Europa para o Brasil também será rastreado

Dayane Laet | 06/11/18 - 11h00
Carlo foi encontrado morto nessa segunda (5)

A Polícia Civil de Alagoas investiga se a alagoana Clea Fernanda Máximo da Silva, presa nessa segunda-feira (5), agiu sozinha ou se teve a ajuda de um ou mais cúmplices no assassinato do advogado italiano Carlo Cicchelli, de 48 anos, encontrado morto e enrolado em um plástico dentro da casa onde vivia com a companheira. 

De Torino, na Itália, irmãos e amigos de Carlo pediram ajuda ao consulado brasileiro, que acionou a correspondente consular em Alagoas, Eliza Rogato, e ela por sua vez buscou ajuda da polícia.

Horas depois de o desaparecimento ter sido divulgado pelo TNH1, ontem pela manhã, Clea esteve na Central de Flagrantes I, no Pinheiro, e assumiu ter assassinado o companheiro com quem vivia há mais de quatro anos. Eles moravam há três meses uma casa alugada no bairro da Ponta Grossa, em Maceió.

A delegada que investigará o caso, Rosimeire Vieira, explicou à reportagem que ainda terá acesso ao inquérito, mas que pretende descobrir, com base em testemunhos e nos laudos periciais, se Clea Fernanda agiu sozinha ou não. “Se for preciso, solicitaremos novos depoimentos”, disse. “Também queremos saber o que foi feito do dinheiro que ele trouxe para Maceió”, acrescentou. O dinheiro, segundo a família de Carlo, seria algo em torno de 200 mil euros da venda de uma casa na Itália.

Além de cometer o crime, a polícia quer entender os motivos que levaram a mulher a manter o cadáver por quase dois meses dentro de casa, convivendo com ele.

Perícia

De acordo com informações da perícia oficial, o corpo foi encontrado em um cômodo onde tinha uma cama, mas não foi possível verificar se a vítima tinha “lesões de defesa”, características de quem tenta se proteger de golpes, já que o corpo estava em avançado estado de putrefação.