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Pomba não voa e tentativa de homenagem no show da Calcinha Preta viraliza; assista

UOL | 11/04/22 - 11h22
Homenagem com pomba branca em show do Calcinha Preta deu errado; ave estava com as asas amarradas | Foto: Reprodução

Uma situação no mínimo inusitada aconteceu em um show da banda Calcinha Preta em Salvador. Em determinado momento da apresentação, uma pomba branca seria solta em homenagem a Paulinha Abelha, vocalista do grupo morta em 23 de fevereiro. "Vamos fazer uma homenagem para essa galera da Bahia", diz Silvania. "Isso, que coisa linda", diz a cantora. A ave é arremessada para cima, mas faz uma curva e cai em cima do público. 

Morte de Paulinha - O primeiro laudo, feito após a morte da cantora Paulinha Abelha e divulgado no "Domingo Espetacular" (RecordTV) apontou quatro doenças como responsáveis pelo falecimento da artista: meningoencefalite, hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite.

A primeira, uma inflamação do cérebro e dos tecidos vizinhos, é, geralmente, causada por uma infecção, que, no caso da artista, ainda tem origem investigada. Outro documento, intitulado de painel toxicológico, encontrou 16 substâncias no corpo de Paulinha, como anfetaminas e barbitúricos.

Um dos medicamentos que teriam sido encontrados no corpo da artista, é um tarja preta comumente usado no tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH), mas que tem como efeitos adversos a redução de apetite, perda de peso, náuseas e vômito.

O viúvo da cantora, Clevinho Santos, além de colegas da artista, relataram que ela estava sofrendo com os enjoos durante seus dias em São Paulo, onde o Calcinha Preta cumpria agenda. Apesar do forte mal-estar, ela optou por visitar o hospital apenas ao chegar em Aracaju, capital de Sergipe, onde morava com o marido e o pai.

Um novo laudo médico divulgado no final de março, no entanto, apontou que a morte de Paulinha não foi causada pelo uso de medicamentos.

Segundo o documento obtido por Splash, "o óbito da paciente ocorreu devido a um processo infeccioso no Sistema Nervoso Central, conforme consta na Certidão de Óbito, e não decorrente de Intoxicação Exógena medicamentosa".

O laudo foi requisitado por Clevinho e assinado pelo médico Nelson Bruni C. Freitas. Ele analisou a certidão de óbito, os exames e relatórios dos dois hospitais em que Paulinha ficou internada e documentos da clínica que prescreveu os remédios de emagrecimento para a cantora.

Segundo o médico, as lesões no fígado e nos rins não têm relação com os medicamentos. Os exames realizados em Paulinha apontavam para a hipótese de uma meningite — o laudo diz que não há elementos para concluir que a infecção foi causada por uma intoxicação alimentar, mas que essa é uma das possibilidades.

Além disso, o documento aponta que não é possível determinar se o caso poderia ser diferente, se Paulinha tivesse procurado um médico mais cedo: "A procura rápida por atendimento médico é na maioria dos casos o ideal para obter sucesso em um tratamento médico, porém, a evolução da patologia apresentada pela paciente foi rápida e incontrolável evoluindo ao óbito", diz o profissional da saúde.